Birrento, intrometido e temperamental. Irritante e engraçado ao mesmo tempo. Quem não se lembra do Baby, o pequeno dinossauro rosa, que aprontava todas e que ficou conhecido pelas frases: “não é a mamãe!” e “você precisa me amar!”? Pois é, na edição deste trimestre, a Conexão 2.0 deu uma viajada no tempo e foi até a Pré-História. Lá, não deu pra entrevistar a Família Dinossauro nem Os Flintstones, mas colhemos informações que vão ajudar você a enxergar a vida nas cavernas com outros olhos.
Ainda no túnel da História, nossa próxima parada é uma estação que fica a 2 mil anos no tempo. Entrevistamos o professor universitário que há 30 anos estuda as evidências históricas da ressurreição de Cristo. Gary Habermas garante: a tumba de Jesus ficou vazia naquele domingo de Páscoa!
Quem afirma ter ressuscitado, ou quase isso, são os pacientes que relataram ter passado pela chamada experiência quase-morte (EQM). Eles juram ter visto espíritos, uma luz no fim do túnel e o próprio corpo, sem vida, na cama do hospital. Sinistro? Você não viu nada... A Conexão 2.0 foi ver o que a ciência e a Bíblia dizem sobre esse assunto do além.
Mas, falando sobre o mundo dos vivos, já imaginou como seria o Ocidente se Jesus não tivesse nascido? Você vai ver que o Homem de Nazaré, que está vivo, inspirou mais do que a fé de 2 bilhões de pessoas. Sem o exemplo e os ensinos dEle, ministérios como o Chama Coral, de Curitiba, não existiriam. Nesse coral, por estranho que pareça, o mais importante não é ser afinado, mas cantar em hospitais e adotar crianças com HIV atendidas pela ONG liderada por essa galera.
Eles não foram adotados, tiveram que se virar nas ruas de São Paulo, mas por causa da fé em Deus e gosto pelos livros, dois garotos se tornaram doutores. Não é enredo de novela, mas uma história real que virou documentário, e a gente foi atrás pra conferir. E, para que você não vá parar na sarjeta, separamos dicas de administração financeira. É a chance de esticar seu salário ou mesada. Sinceramente? Se eu fosse você não deixaria de ler esta edição! Ela “não é a mamãe”, mas vale a pena ter sempre por perto. Boa leitura!
Conexão 2.0 é a revista para quem quer entender a realidade, experimentar o que vale a pena e mudar seu mundo. Para assinar, basta acessar o site da editora www.cpb.com.br ou ligar para 0800-9790606. Siga e curta também a revista nas redes sociais: www.twitter.com/conexao_20 e www.facebook.com/conexao20. E para ler as edições anteriores, acesse www.conexao20.com.br. - Wendel Lima
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Conexão JA alerta sobre a cultura da bebedeira
Por Wendel Lima
A edição de abril marca o início de uma nova fase da revista Conexão JA. A primeira é a tiragem: foi triplicada, agora são 30 mil exemplares. A segunda é o público: a revista recebeu como leitores mais de 24 mil alunos do ensino médio da rede educacional adventista do Brasil. Em razão disso, na próxima edição já são esperadas mudanças gráficas e editoriais e o lançamento do site da revista em conjunto com a presença nas redes sociais.
Mas enquanto isso não acontece, os leitores já podem contar com bom conteúdo em abril. Na reportagem de capa, a revista pinta um quadro real e sem moderação do consumo de álcool entre os jovens brasileiros. A idade média de início e o perfil de consumo são os números mais assustadores. É preciso diminuir esses dados e a Conexão JA convida os jovens a mudar essa cultura da bebedeira.
Em duas matérias assinadas por Diogo Cavalcanti, o leitor pode compreender melhor dois assuntos que não saem da mídia e devem cair no vestibular. A reportagem é sobre o declínio americano, sua crise econômica e política. Será que os chineses vão ultrapassar os ianques? O que levou milhares de pessoas a protestar em Wall Street? Já na entrevista, Diogo conversa com dois ativistas sírios que estão fora de seu país e denunciam os massacres em sua terra natal. Esses conflitos são mais um capítulo da chamada Primavera Árabe.
Mas não para por aí. Nosso repórter Fernando Torres visitou a exposição inédita sobre o cotidiano do Império Romano. A mostra passou por Belo Horizonte-MG e fica até o dia 22 de abril no Masp, em São Paulo. E o jornalista Michelson Borges explica as poucas semelhanças e as inúmeras diferenças entre as teorias da evolução e da criação. Enfim, não dá para perder! Para quem conhece a revista, é só matar a saudade e para quem nunca, está na hora de assinar pelo 0800-9790606 ou acessar o site http://www.cpb.com.br/. E para não ter que esperar mais três meses, nos siga pelo perfil: www.twitter.com/conexao_20.
domingo, 11 de dezembro de 2011
Ele é bom de Bíblia
Para o campeão de concurso bíblico sul-americano, os jovens precisam descobrir que a Bíblia é atual e tem respostas para suas perguntas
Por Wendel Lima
Apesar de concorrer com outros dedicados candidatos, para o estudante de Matemática, Leonardo Galleni de Oliveira, de Olímpia, SP, a probabilidade de vencer o concurso bíblico sul-americano era alta. Criado numa cidade em que os testes sobre a Bíblia são uma tradição, ele se inscreveu no Bom de Bíblia 2011 por gostar de estudar o Livro Sagrado e para inspirar outros jovens de sua igreja a cultivar esse bom hábito. Além de crescimento espiritual, sua paixão pela Bíblia lhe rendeu um intercâmbio de três meses na Califórnia (EUA). Leonardo fala sobre seu método de estudo e como a participação no concurso o beneficiou espiritualmente.
Por que e quando decidiu participar do concurso?
Decidi participar do concurso assim que fiquei sabendo do Bom de Bíblia. Quis participar porque desde a minha juventude sou apaixonado por concursos bíblicos e para servir de incentivo aos jovens da minha igreja.
Você achava que tinha chance de ganhar?
Sim, porém achava que ia ser muito difícil, como realmente foi, porque estava muito atarefado e havia outros concorrentes muito dedicados. Percebi que a chance de ganhar era real quando comecei a fazer a última prova e vi que me lembrava de quase tudo o que estava sendo perguntado.
Qual foi a fase mais difícil?
Todas as fases foram difíceis. Desde a etapa distrital já havia candidatos fortes. Mas, para mim, a fase mais disputada foi a da associação, que venci por apenas um ponto de diferença para a segunda colocada.
E que método de estudo você usou?
Já venho estudando para concursos há vários anos, então tenho várias anotações, textos grifados e perguntas arquivadas que posso usar. Mas em 2011 também participei elaborando um concurso para os jovens da igreja que frequento. Com certeza, isso foi de grande ajuda.
Quando você embarca para o intercâmbio na Califórnia?
Ainda não sei muito bem, porque tenho que fazer ajustes no meu emprego, mas possivelmente devo viajar no segundo semestre de 2012. Ainda não falo inglês e nem faço aulas. O que conheço de inglês é através de músicas e filmes, mas não é muito. Pretendo aproveitar para passear bastante por lá nos momentos vagos, porque não é todo dia que se ganha uma viagem para os Estados Unidos.
No que a competição o ajudou espiritualmente?
Em várias coisas. Cada vez que se lê a Bíblia, uma lição nova é aprendida. A parte da Bíblia que mais me chamou a atenção foi a dos evangelhos, principalmente as parábolas de Jesus. Alguns trechos que passamos rapidamente na leitura, tornaram-se mais claros e atrativos para mim. A sabedoria ali encontrada é superior a encontrada em qualquer outro livro.
Sua dedicação inspirou outras pessoas?
Na medida em que ia vencendo as etapas, via algumas crianças querendo ser como eu, então aprendi que aquele que estuda a Bíblia é observado e se torna exemplo. Por isso, procuro me esforçar para minha vida condizer com meu estudo.
O que fazer para popularizar o estudo da Bíblia entre os jovens?
Há muitas coisas. Penso que, em primeiro lugar, os jovens só vão ler a Bíblia se houver uma cultura em seus lares que favoreça isso. A igreja pode ajudar promovendo concursos como esse. E em terceiro lugar, deve-se apresentar aos jovens a Bíblia como um livro atual, que tem as respostas para suas perguntas.
Para saber +
http://www.bomdebiblia.com.br/
Por Wendel Lima
Apesar de concorrer com outros dedicados candidatos, para o estudante de Matemática, Leonardo Galleni de Oliveira, de Olímpia, SP, a probabilidade de vencer o concurso bíblico sul-americano era alta. Criado numa cidade em que os testes sobre a Bíblia são uma tradição, ele se inscreveu no Bom de Bíblia 2011 por gostar de estudar o Livro Sagrado e para inspirar outros jovens de sua igreja a cultivar esse bom hábito. Além de crescimento espiritual, sua paixão pela Bíblia lhe rendeu um intercâmbio de três meses na Califórnia (EUA). Leonardo fala sobre seu método de estudo e como a participação no concurso o beneficiou espiritualmente.
Por que e quando decidiu participar do concurso?
Decidi participar do concurso assim que fiquei sabendo do Bom de Bíblia. Quis participar porque desde a minha juventude sou apaixonado por concursos bíblicos e para servir de incentivo aos jovens da minha igreja.
Você achava que tinha chance de ganhar?
Sim, porém achava que ia ser muito difícil, como realmente foi, porque estava muito atarefado e havia outros concorrentes muito dedicados. Percebi que a chance de ganhar era real quando comecei a fazer a última prova e vi que me lembrava de quase tudo o que estava sendo perguntado.
Qual foi a fase mais difícil?
Todas as fases foram difíceis. Desde a etapa distrital já havia candidatos fortes. Mas, para mim, a fase mais disputada foi a da associação, que venci por apenas um ponto de diferença para a segunda colocada.
E que método de estudo você usou?
Já venho estudando para concursos há vários anos, então tenho várias anotações, textos grifados e perguntas arquivadas que posso usar. Mas em 2011 também participei elaborando um concurso para os jovens da igreja que frequento. Com certeza, isso foi de grande ajuda.
Quando você embarca para o intercâmbio na Califórnia?
Ainda não sei muito bem, porque tenho que fazer ajustes no meu emprego, mas possivelmente devo viajar no segundo semestre de 2012. Ainda não falo inglês e nem faço aulas. O que conheço de inglês é através de músicas e filmes, mas não é muito. Pretendo aproveitar para passear bastante por lá nos momentos vagos, porque não é todo dia que se ganha uma viagem para os Estados Unidos.
No que a competição o ajudou espiritualmente?
Em várias coisas. Cada vez que se lê a Bíblia, uma lição nova é aprendida. A parte da Bíblia que mais me chamou a atenção foi a dos evangelhos, principalmente as parábolas de Jesus. Alguns trechos que passamos rapidamente na leitura, tornaram-se mais claros e atrativos para mim. A sabedoria ali encontrada é superior a encontrada em qualquer outro livro.
Sua dedicação inspirou outras pessoas?
Na medida em que ia vencendo as etapas, via algumas crianças querendo ser como eu, então aprendi que aquele que estuda a Bíblia é observado e se torna exemplo. Por isso, procuro me esforçar para minha vida condizer com meu estudo.
O que fazer para popularizar o estudo da Bíblia entre os jovens?
Há muitas coisas. Penso que, em primeiro lugar, os jovens só vão ler a Bíblia se houver uma cultura em seus lares que favoreça isso. A igreja pode ajudar promovendo concursos como esse. E em terceiro lugar, deve-se apresentar aos jovens a Bíblia como um livro atual, que tem as respostas para suas perguntas.
Para saber +
http://www.bomdebiblia.com.br/
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Direito reconhecido
Estudante recorre à legislação sobre prestação alternativa e testemunha em relação à guarda do sábado
Por Wendel Lima
A imagem de Quielze Apolinário Miranda, 19 anos, esteve recentemente em destaque em dois dos principais portais de notícias do Brasil: Folha.com e G1.com. A razão? Ela ganhou uma decisão judicial que lhe deu o direito de ter suas faltas nas aulas de sexta-feira à noite abonadas. A resolução foi determinada tendo como base o direito de prestação alternativa de atividades acadêmicas em casos de escusa por motivo de consciência. Quielze, estudante adventista de Relações Internacionais, em Bauru, SP, contou com o respaldo da lei paulista 12.142/2005, além dos artigos 5º e 9º da Constituição Federal. Nesta entrevista, ela relata por que procurou um recurso judicial e como esse caso tem testemunhado a favor da fé adventista.
Que tipo de negociação você buscou com a universidade?
Desde meu ingresso à universidade, eu estava ciente de que teria aulas às sextas à noite, porque meu curso só está disponível no regime noturno. Quando chegasse o momento de me pronunciar, esperava ser atendida ao entregar o costumeiro documento que os pastores adventistas fornecem falando sobre o motivo de nossa ausência às aulas aos sábados. Por isso, primeiramente fiz um requerimento na secretaria da universidade, com minhas próprias palavras, explicando minha crença e dando minha sugestão para a resolução do problema. Mas, infelizmente, pouco tempo depois recebi o resultado: requerimento indeferido por falta de amparo legal. Recorri ao coordenador do meu curso, que disse entender minha situação e que intercedeu por mim diante da pró-reitoria. Porém, eles também não foram favoráveis. Acredito que a universidade não entendeu o quanto era importante para mim essa concessão.
Quando você decidiu entrar com o recurso judicial? Qual foi o procedimento seguido e que argumentos foram apresentados?
Eu não tinha conhecimento de que um recurso legal resolveria minha situação. Um advogado da minha igreja, que foi um dos que entrou com o recurso, comentou sobre essa possibilidade, e me aconselhou a fazê-lo. Porém, a princípio eu tinha receio que isso causasse discórdia entre mim e a faculdade. Como o recurso foi necessário, pedi a orientação de outro advogado que frequenta minha igreja. Ele, com o advogado que havia me aconselhado, elaboraram um mandato de segurança, tendo como base os artigos 5º e 9º da Constituição Federal, as normas do Pacto de São José da Costa Rica e do Pacto sobre Direitos Civis e Políticos (tratados internacionais que o Brasil obedece), além da lei paulista 12.142/2005, que assegura aos cidadãos a liberdade de religião, com a prestação de trabalhos acadêmicos alternativos.
Como seus colegas e professores reagiram?
Desde o começo, meus professores e colegas torceram por uma decisão favorável a mim, por isso ficaram muito felizes com o resultado. Mas eu não esperava que um simples caso fosse virar notícia e dar tamanha repercussão. Não tenho dúvidas de que isso é a mão de Deus agindo, é Ele usando a mídia, a mim, e a muitas pessoas para pregar Sua verdade. Muitas pessoas têm vindo falar comigo, adventistas, ex-adventistas, e de outras religiões. Pessoas que tiveram a fé fortalecida e até que voltaram a frequentar a igreja.
Como foi o contato com os jornalistas?
No mesmo dia em que ganhei a causa, fiquei sabendo pelo meu advogado que a Folha de S.Paulo havia ouvido meu caso, talvez pela Rádio Justiça, e se interessou em fazer uma matéria. Mais tarde, o repórter do jornal ligou para mim, fez algumas perguntas, e uma semana depois a matéria saiu. E quando foi publicada, a TV TEM, afiliada da Rede Globo, também entrou em contato comigo. A pessoa que fez essa ligação havia estudado em colégios adventistas. Foi uma experiência satisfatória, porque no fim da entrevista na minha casa dei ao repórter um DVD Profecias Para o Tempo do Fim, do pastor Roberto Motta, e o livro A Grande Esperança.
Você é uma boa aluna?
Eu tenho boas notas e boa frequência às aulas. Com certeza isso conta muito nessas horas. Minhas notas foram anexadas ao mandato de segurança feito pelos advogados. Creio que a universidade trata de forma diferenciada o pedido de um bom aluno. E creio também que a conduta de um jovem adventista é mais observada por causa dos valores que professamos.
O que você diria para outros estudantes que passam por situação semelhante?
O objetivo da matéria da Folha de S.Paulo era que outras pessoas que passam pelo mesmo problema soubessem que têm seus direitos garantidos. Espero que isso esteja sendo alcançado. Até pouco tempo, eu não sabia que esse caso poderia ser resolvido na justiça. Mas aos que enfrentam isso, aconselho que façam primeiro como eu fiz, tentem conseguir o respeito a esse direito através do diálogo, sempre pacífica e pacientemente. E, caso não tenham sucesso, procurem um advogado de confiança que oriente quais passos seguir. Porém, acima de tudo, tenha em mente que o mais importante é “obedecer a Deus que aos homens” (At 5:29).
Para saber +
ablirc.wordpress.com
liberdadereligiosa.org.br
irla.org
Por Wendel Lima
A imagem de Quielze Apolinário Miranda, 19 anos, esteve recentemente em destaque em dois dos principais portais de notícias do Brasil: Folha.com e G1.com. A razão? Ela ganhou uma decisão judicial que lhe deu o direito de ter suas faltas nas aulas de sexta-feira à noite abonadas. A resolução foi determinada tendo como base o direito de prestação alternativa de atividades acadêmicas em casos de escusa por motivo de consciência. Quielze, estudante adventista de Relações Internacionais, em Bauru, SP, contou com o respaldo da lei paulista 12.142/2005, além dos artigos 5º e 9º da Constituição Federal. Nesta entrevista, ela relata por que procurou um recurso judicial e como esse caso tem testemunhado a favor da fé adventista.
Que tipo de negociação você buscou com a universidade?
Desde meu ingresso à universidade, eu estava ciente de que teria aulas às sextas à noite, porque meu curso só está disponível no regime noturno. Quando chegasse o momento de me pronunciar, esperava ser atendida ao entregar o costumeiro documento que os pastores adventistas fornecem falando sobre o motivo de nossa ausência às aulas aos sábados. Por isso, primeiramente fiz um requerimento na secretaria da universidade, com minhas próprias palavras, explicando minha crença e dando minha sugestão para a resolução do problema. Mas, infelizmente, pouco tempo depois recebi o resultado: requerimento indeferido por falta de amparo legal. Recorri ao coordenador do meu curso, que disse entender minha situação e que intercedeu por mim diante da pró-reitoria. Porém, eles também não foram favoráveis. Acredito que a universidade não entendeu o quanto era importante para mim essa concessão.
Quando você decidiu entrar com o recurso judicial? Qual foi o procedimento seguido e que argumentos foram apresentados?
Eu não tinha conhecimento de que um recurso legal resolveria minha situação. Um advogado da minha igreja, que foi um dos que entrou com o recurso, comentou sobre essa possibilidade, e me aconselhou a fazê-lo. Porém, a princípio eu tinha receio que isso causasse discórdia entre mim e a faculdade. Como o recurso foi necessário, pedi a orientação de outro advogado que frequenta minha igreja. Ele, com o advogado que havia me aconselhado, elaboraram um mandato de segurança, tendo como base os artigos 5º e 9º da Constituição Federal, as normas do Pacto de São José da Costa Rica e do Pacto sobre Direitos Civis e Políticos (tratados internacionais que o Brasil obedece), além da lei paulista 12.142/2005, que assegura aos cidadãos a liberdade de religião, com a prestação de trabalhos acadêmicos alternativos.
Como seus colegas e professores reagiram?
Desde o começo, meus professores e colegas torceram por uma decisão favorável a mim, por isso ficaram muito felizes com o resultado. Mas eu não esperava que um simples caso fosse virar notícia e dar tamanha repercussão. Não tenho dúvidas de que isso é a mão de Deus agindo, é Ele usando a mídia, a mim, e a muitas pessoas para pregar Sua verdade. Muitas pessoas têm vindo falar comigo, adventistas, ex-adventistas, e de outras religiões. Pessoas que tiveram a fé fortalecida e até que voltaram a frequentar a igreja.
Como foi o contato com os jornalistas?
No mesmo dia em que ganhei a causa, fiquei sabendo pelo meu advogado que a Folha de S.Paulo havia ouvido meu caso, talvez pela Rádio Justiça, e se interessou em fazer uma matéria. Mais tarde, o repórter do jornal ligou para mim, fez algumas perguntas, e uma semana depois a matéria saiu. E quando foi publicada, a TV TEM, afiliada da Rede Globo, também entrou em contato comigo. A pessoa que fez essa ligação havia estudado em colégios adventistas. Foi uma experiência satisfatória, porque no fim da entrevista na minha casa dei ao repórter um DVD Profecias Para o Tempo do Fim, do pastor Roberto Motta, e o livro A Grande Esperança.
Você é uma boa aluna?
Eu tenho boas notas e boa frequência às aulas. Com certeza isso conta muito nessas horas. Minhas notas foram anexadas ao mandato de segurança feito pelos advogados. Creio que a universidade trata de forma diferenciada o pedido de um bom aluno. E creio também que a conduta de um jovem adventista é mais observada por causa dos valores que professamos.
O que você diria para outros estudantes que passam por situação semelhante?
O objetivo da matéria da Folha de S.Paulo era que outras pessoas que passam pelo mesmo problema soubessem que têm seus direitos garantidos. Espero que isso esteja sendo alcançado. Até pouco tempo, eu não sabia que esse caso poderia ser resolvido na justiça. Mas aos que enfrentam isso, aconselho que façam primeiro como eu fiz, tentem conseguir o respeito a esse direito através do diálogo, sempre pacífica e pacientemente. E, caso não tenham sucesso, procurem um advogado de confiança que oriente quais passos seguir. Porém, acima de tudo, tenha em mente que o mais importante é “obedecer a Deus que aos homens” (At 5:29).
Para saber +
ablirc.wordpress.com
liberdadereligiosa.org.br
irla.org
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Conexão JA mostra porque o brasileiro é o missionário do momento
A edição do último trimestre da revista Conexão JA dá grande destaque à participação dos jovens em várias frentes de pregação do evangelho, especialmente na missão transcultural. A reportagem de capa fala sobre a nova onda evangelística mundial: os projetos missionários de curto prazo. Entrevistamos professores, recrutadores e voluntários que tiveram a experiência de unir evangelismo com trabalho humanitário em alguma parte do mundo.
A matéria oferece as principais orientações sobre como os interessados podem buscar qualificação para servir ao próximo em outro país. O objetivo da reportagem é mostrar que a simpatia, facilidade de adaptação e fervor evangelístico conferem ao brasileiro um perfil muito adequado para missões em outras culturas. A matéria ainda traz um infográfico com um panorama do movimento missionário adventista atual. Provavelmente, ao ler esse texto, você vai querer arrumar as malas e viver uma experiência que vale para toda a vida!
E por falar em viagem, os leitores poderão pegar carona com os editores da Conexão JA, seguindo a rota dos pioneiros adventistas nos Estados Unidos. Visitamos os principais monumentos e instituições que contam a origem e o desenvolvimento da denominação. Vale a pena incluir esse roteiro na sua próxima viagem à terra das compras e dos parques temáticos.
Mas para quem não quer ou não pode sair de casa, é possível testemunhar através da internet. Fizemos uma matéria com os jovens que idealizaram o projeto Minyma. Inspirados em trabalhos como o Nooma, eles roteirizam, gravam e compartilham vídeos curtos com mensagens cristocêntricas e de fundo moral para evangelizar pessoas sem-religião. Tão bom quanto à ideia, é poder participar ajudando na produção ou na divulgação do projeto, transformando os vídeos em virais.
Duas entrevistas chamam também a atenção. Batemos um papo com o jornalista Leandro Quadros, sobre o sucesso do programa Na Mira da Verdade, da TV Novo Tempo, e a popularidade da mensagem adventista. Quem também falou com a gente, foi um dos sócios do site Peixe Urbano, Emerson Andrade. A conversa foi sobre empreendedorismo na web. E falando em internet, dois textos opinativos refletem sobre nossa relação com a rede. Cristiano Stefenoni escreveu sobre como usar a internet no horário de trabalho e Tales Tomaz tratou sobre nossa compulsão por usar a web nas horas vagas, especialmente no sábado.
Sem deixar para trás matérias de cunho teológico e bíblico, o pastor e jornalista Diogo Cavalcanti explica um dos textos menos compreendidos do livro do Apocalipse: quem são os 144 mil? Enfim, a edição está imperdível! Para assinar a revista, você pode ligar para 0800-9790606 ou acessar o site http://www.cpb.com.br/. E para não ter que esperar mais três meses, nos siga pelo perfil: www.twitter.com/conexaoja - Wendel Lima, editor.
A matéria oferece as principais orientações sobre como os interessados podem buscar qualificação para servir ao próximo em outro país. O objetivo da reportagem é mostrar que a simpatia, facilidade de adaptação e fervor evangelístico conferem ao brasileiro um perfil muito adequado para missões em outras culturas. A matéria ainda traz um infográfico com um panorama do movimento missionário adventista atual. Provavelmente, ao ler esse texto, você vai querer arrumar as malas e viver uma experiência que vale para toda a vida!
E por falar em viagem, os leitores poderão pegar carona com os editores da Conexão JA, seguindo a rota dos pioneiros adventistas nos Estados Unidos. Visitamos os principais monumentos e instituições que contam a origem e o desenvolvimento da denominação. Vale a pena incluir esse roteiro na sua próxima viagem à terra das compras e dos parques temáticos.
Mas para quem não quer ou não pode sair de casa, é possível testemunhar através da internet. Fizemos uma matéria com os jovens que idealizaram o projeto Minyma. Inspirados em trabalhos como o Nooma, eles roteirizam, gravam e compartilham vídeos curtos com mensagens cristocêntricas e de fundo moral para evangelizar pessoas sem-religião. Tão bom quanto à ideia, é poder participar ajudando na produção ou na divulgação do projeto, transformando os vídeos em virais.
Duas entrevistas chamam também a atenção. Batemos um papo com o jornalista Leandro Quadros, sobre o sucesso do programa Na Mira da Verdade, da TV Novo Tempo, e a popularidade da mensagem adventista. Quem também falou com a gente, foi um dos sócios do site Peixe Urbano, Emerson Andrade. A conversa foi sobre empreendedorismo na web. E falando em internet, dois textos opinativos refletem sobre nossa relação com a rede. Cristiano Stefenoni escreveu sobre como usar a internet no horário de trabalho e Tales Tomaz tratou sobre nossa compulsão por usar a web nas horas vagas, especialmente no sábado.
Sem deixar para trás matérias de cunho teológico e bíblico, o pastor e jornalista Diogo Cavalcanti explica um dos textos menos compreendidos do livro do Apocalipse: quem são os 144 mil? Enfim, a edição está imperdível! Para assinar a revista, você pode ligar para 0800-9790606 ou acessar o site http://www.cpb.com.br/. E para não ter que esperar mais três meses, nos siga pelo perfil: www.twitter.com/conexaoja - Wendel Lima, editor.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Um novo cântico
Conheça o autor do DVD Salmos, lançamento que transforma em música alguns dos trechos mais inspiradores da Bíblia
Por Wendel Lima
Conheci Daniel Lüdtke (@danielludtke) no tempo em que estudamos Teologia e Jornalismo no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). E em pouco tempo ficou claro que a criatividade do Lüdtke, com o texto e a música, poderia resultar num ministério diferenciado, que atenderia as necessidades espirituais da geração atual.
Hoje, depois de ter trabalhado como capelão escolar e pastor distrital em Alagoas, Lüdkte se dedica à pastoral universitária da Faculdade Adventista da Bahia (antigo Iaene), em Cachoeira, a 133 km de Salvador. Lá, sua leitura da espiritualidade dos jovens, o tem levado a liderar diversos projetos humanitários com os alunos. O último deles foi uma expedição à Ilha do Bananal, TO, uma iniciativa em favor dos índios karajás (voluntariosiaene.blogspot.com).
Agora, com o lançamento do DVD Salmos, na semana passada, milhares de pessoas poderão ser beneficiadas com os dons que Deus tem confiado ao pastor Daniel Lüdtke. A produção, com o selo da gravadora Novo Tempo, traz 11 músicas baseadas em capítulos da Bíblia, além de CD com áudio, partituras para vocal e cifras, slides com as letras das músicas, making of e uma mensagem bíblica com o Dr. Rodrigo Silva. O DVD foi produzido por Ricardo Martins, pianista do quarteto Arautos do Rei, e conta com a participação de cantores conhecidos no vocal: Riane Junqueira, Vagner Dida, Douglas Polheim, Marcelle Fonseca e Marla Lüdtke.
Nessa entrevista, concedida por e-mail, Daniel Lüdtke conta como se sentiu chamado para musicalizar trechos de um dos livros mais inspiradores da Bíblia e como esse DVD pode ajudar a revitalizar o canto congregacional.
De onde e desde quando vem seu gosto pela música?
Em minha família, todos tocam pelo menos um instrumento. O culto familiar em casa sempre foi um momento de festa – tocávamos e cantávamos quase todo o hinário (risos). Desde a infância, eu também fazia duetos com minha irmã nas igrejas. Aos oito anos comecei a compor minhas primeiras músicas. E nesse DVD escrevi todas as músicas, baseadas em Salmos 63, 91, 51, 32, 119, 149, 113, 3, 16, 40 e 27.
Poucos pastores têm a oportunidade de unir no seu ministério a pregação e a música. No que essas duas linguagens divergem e convergem para a proclamação do amor de Deus?
Essas são duas ferramentas muito fortes. Elas convergem no aspecto em que são canais que ligam Deus ao coração das pessoas. Contudo, vejo a pregação sendo algo mais racional e a música falando mais aos sentimentos. É um casamento perfeito. O sábio uso dessas ferramentas é de grande valor, se dirigidas pelo Espírito Santo.
A musicalização da Palavra de Deus era algo comum nos tempos bíblicos, os Salmos são prova disso. Qual é a importância de resgatarmos esse recurso no cristianismo contemporâneo?
Tenho gravado em minha memória o que está escrito em 1 João 4:8 por causa de uma canção que aprendi quando criança: “Aquele que não ama, não conhece a Deus.” A música fica na memória. Em momentos específicos, como tentação ou dor, essas mensagens vêm à mente e ao coração. Deus usou isso amplamente, imprimindo na mente do povo de Israel suas leis, feitos e esperança por meio dos cânticos. Como diz Salmos 119:11: “Escondi tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti.” Precisamos usar mais a Bíblia em nossas músicas. Isso é importante porque fará nossa atenção se voltar para a Palavra de Deus e tornará nossa adoração mais rica e inspiradora.
Por que você optou pelos Salmos como texto base para as músicas? Qual é teu preferido? Que sentimentos positivos e negativos eles expressam?
Na verdade, eu não escolhi o livro de Salmos. Posso dizer que, literalmente, o Senhor escolheu. Enquanto eu orava pedindo compreensão para entender o livro de Salmos, que começaria a ler em meu momento de devoção pessoal, ouvi claramente Deus dizendo em minha mente: “Faça músicas com esses salmos.” Foi assim que tudo aconteceu. Eu não sabia no que isso iria resultar.
Quanto aos sentimentos expressos pelos salmos, posso dizer que são os mais abrangentes possíveis. Há salmos de gratidão, de louvor, de súplica, pedindo perdão, livramento e direção. Em qualquer situação em que você se encontrar, sempre haverá um salmo adequado para sua circunstância.
No DVD, minha música preferida é Escudo, baseada em Salmos 3. A letra é muito forte. Davi a escreveu quando fugia de seu filho Absalão, que pretendia matá-lo e roubar o trono. Essa música reflete a confiança num Deus que controla nossa vida.
Qual é tua referência para as melodias?
Gosto muito de ouvir músicas americanas do gênero acústico. Elas são modernas, sem serem agressivas. Essas referências, com certeza, influenciaram a linha melódica das músicas. Elas são simples, fáceis de decorar e ficam na cabeça.
Alguns têm dito, que a Igreja Adventista no Brasil tem historicamente valorizado a produção musical de quartetos, solistas, conjuntos e corais, mas tem deixado certa lacuna quanto ao canto congregacional. Você também enxerga assim? Acha que seu DVD pode ser uma contribuição nesse sentido?
A música congregacional tem que ser prioridade. Ponto final. Temos criado muitas “estrelas” no meio musical cristão, mas temos desenvolvido pouco o canto nas igrejas. É triste ver como na maioria dos templos o momento do louvor é frio, feito sem organização, sem ensaio, muitas vezes apenas para “tapar buraco”. “Alguma escolha?” é geralmente uma expressão que oculta a falta de preparo por parte do líder do louvor. Do fundo do coração, espero que essas músicas venham enriquecer a adoração em nossas igrejas.
Hoje, vivemos um momento de reflexão sobre a teologia da adoração. Há uma tensão entre os que defendem um estilo mais tradicional e outros que preferem algo mais contemporâneo. O que você acha que precisamos para reavivar o louvor da igreja? O quanto desse reavivamento depende de contextualização da liturgia e o quanto depende de reconsagração dos cristãos?
Primeiro precisamos de organização. Isso é subentendido na adoração do Antigo Testamento. Mesmo as músicas mais antigas, se bem ensaiadas pelo grupo vocal, com instrumentistas ao vivo (precisamos disso!), e ministradas com espírito de adoração, levarão os adoradores para perto de Deus.
Em segundo lugar, devemos ser menos críticos. Dizemos: precisamos de equilíbrio – o problema é que ele geralmente não agrada nenhum dos dois lados. Nem podemos “canonizar” os hinos do passado como hinos do céu (só lembrando que boa parte das melodias do nosso hinário é popular ou cívica), nem achar que tudo que tem o nome “Deus” pode ser trazido para o culto na igreja. Esse discernimento é fruto de uma vida de oração e entrega.
O terceiro ponto é: precisamos cantar em espírito e em verdade. Obviamente, o louvor será sincero e genuíno quando vier de lábios que buscam o Senhor acima de todas as coisas. Precisamos de reconsagração. Vários fatores são necessários para que isso ocorra. Mas garanto que um louvor bem dirigido e centrado em Deus será um dos desencadeadores dessa mudança. Uma coisa leva à outra! Assim, posso dizer: precisamos cantar mais com o coração. Grandes milagres surgirão quando isso acontecer.
Compre agora seu DVD
Por Wendel Lima
Conheci Daniel Lüdtke (@danielludtke) no tempo em que estudamos Teologia e Jornalismo no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). E em pouco tempo ficou claro que a criatividade do Lüdtke, com o texto e a música, poderia resultar num ministério diferenciado, que atenderia as necessidades espirituais da geração atual.
Hoje, depois de ter trabalhado como capelão escolar e pastor distrital em Alagoas, Lüdkte se dedica à pastoral universitária da Faculdade Adventista da Bahia (antigo Iaene), em Cachoeira, a 133 km de Salvador. Lá, sua leitura da espiritualidade dos jovens, o tem levado a liderar diversos projetos humanitários com os alunos. O último deles foi uma expedição à Ilha do Bananal, TO, uma iniciativa em favor dos índios karajás (voluntariosiaene.blogspot.com).
Agora, com o lançamento do DVD Salmos, na semana passada, milhares de pessoas poderão ser beneficiadas com os dons que Deus tem confiado ao pastor Daniel Lüdtke. A produção, com o selo da gravadora Novo Tempo, traz 11 músicas baseadas em capítulos da Bíblia, além de CD com áudio, partituras para vocal e cifras, slides com as letras das músicas, making of e uma mensagem bíblica com o Dr. Rodrigo Silva. O DVD foi produzido por Ricardo Martins, pianista do quarteto Arautos do Rei, e conta com a participação de cantores conhecidos no vocal: Riane Junqueira, Vagner Dida, Douglas Polheim, Marcelle Fonseca e Marla Lüdtke.
Nessa entrevista, concedida por e-mail, Daniel Lüdtke conta como se sentiu chamado para musicalizar trechos de um dos livros mais inspiradores da Bíblia e como esse DVD pode ajudar a revitalizar o canto congregacional.
De onde e desde quando vem seu gosto pela música?
Em minha família, todos tocam pelo menos um instrumento. O culto familiar em casa sempre foi um momento de festa – tocávamos e cantávamos quase todo o hinário (risos). Desde a infância, eu também fazia duetos com minha irmã nas igrejas. Aos oito anos comecei a compor minhas primeiras músicas. E nesse DVD escrevi todas as músicas, baseadas em Salmos 63, 91, 51, 32, 119, 149, 113, 3, 16, 40 e 27.
Poucos pastores têm a oportunidade de unir no seu ministério a pregação e a música. No que essas duas linguagens divergem e convergem para a proclamação do amor de Deus?
Essas são duas ferramentas muito fortes. Elas convergem no aspecto em que são canais que ligam Deus ao coração das pessoas. Contudo, vejo a pregação sendo algo mais racional e a música falando mais aos sentimentos. É um casamento perfeito. O sábio uso dessas ferramentas é de grande valor, se dirigidas pelo Espírito Santo.
A musicalização da Palavra de Deus era algo comum nos tempos bíblicos, os Salmos são prova disso. Qual é a importância de resgatarmos esse recurso no cristianismo contemporâneo?
Tenho gravado em minha memória o que está escrito em 1 João 4:8 por causa de uma canção que aprendi quando criança: “Aquele que não ama, não conhece a Deus.” A música fica na memória. Em momentos específicos, como tentação ou dor, essas mensagens vêm à mente e ao coração. Deus usou isso amplamente, imprimindo na mente do povo de Israel suas leis, feitos e esperança por meio dos cânticos. Como diz Salmos 119:11: “Escondi tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti.” Precisamos usar mais a Bíblia em nossas músicas. Isso é importante porque fará nossa atenção se voltar para a Palavra de Deus e tornará nossa adoração mais rica e inspiradora.
Por que você optou pelos Salmos como texto base para as músicas? Qual é teu preferido? Que sentimentos positivos e negativos eles expressam?
Na verdade, eu não escolhi o livro de Salmos. Posso dizer que, literalmente, o Senhor escolheu. Enquanto eu orava pedindo compreensão para entender o livro de Salmos, que começaria a ler em meu momento de devoção pessoal, ouvi claramente Deus dizendo em minha mente: “Faça músicas com esses salmos.” Foi assim que tudo aconteceu. Eu não sabia no que isso iria resultar.
Quanto aos sentimentos expressos pelos salmos, posso dizer que são os mais abrangentes possíveis. Há salmos de gratidão, de louvor, de súplica, pedindo perdão, livramento e direção. Em qualquer situação em que você se encontrar, sempre haverá um salmo adequado para sua circunstância.
No DVD, minha música preferida é Escudo, baseada em Salmos 3. A letra é muito forte. Davi a escreveu quando fugia de seu filho Absalão, que pretendia matá-lo e roubar o trono. Essa música reflete a confiança num Deus que controla nossa vida.
Qual é tua referência para as melodias?
Gosto muito de ouvir músicas americanas do gênero acústico. Elas são modernas, sem serem agressivas. Essas referências, com certeza, influenciaram a linha melódica das músicas. Elas são simples, fáceis de decorar e ficam na cabeça.
Alguns têm dito, que a Igreja Adventista no Brasil tem historicamente valorizado a produção musical de quartetos, solistas, conjuntos e corais, mas tem deixado certa lacuna quanto ao canto congregacional. Você também enxerga assim? Acha que seu DVD pode ser uma contribuição nesse sentido?
A música congregacional tem que ser prioridade. Ponto final. Temos criado muitas “estrelas” no meio musical cristão, mas temos desenvolvido pouco o canto nas igrejas. É triste ver como na maioria dos templos o momento do louvor é frio, feito sem organização, sem ensaio, muitas vezes apenas para “tapar buraco”. “Alguma escolha?” é geralmente uma expressão que oculta a falta de preparo por parte do líder do louvor. Do fundo do coração, espero que essas músicas venham enriquecer a adoração em nossas igrejas.
Hoje, vivemos um momento de reflexão sobre a teologia da adoração. Há uma tensão entre os que defendem um estilo mais tradicional e outros que preferem algo mais contemporâneo. O que você acha que precisamos para reavivar o louvor da igreja? O quanto desse reavivamento depende de contextualização da liturgia e o quanto depende de reconsagração dos cristãos?
Primeiro precisamos de organização. Isso é subentendido na adoração do Antigo Testamento. Mesmo as músicas mais antigas, se bem ensaiadas pelo grupo vocal, com instrumentistas ao vivo (precisamos disso!), e ministradas com espírito de adoração, levarão os adoradores para perto de Deus.
Em segundo lugar, devemos ser menos críticos. Dizemos: precisamos de equilíbrio – o problema é que ele geralmente não agrada nenhum dos dois lados. Nem podemos “canonizar” os hinos do passado como hinos do céu (só lembrando que boa parte das melodias do nosso hinário é popular ou cívica), nem achar que tudo que tem o nome “Deus” pode ser trazido para o culto na igreja. Esse discernimento é fruto de uma vida de oração e entrega.
O terceiro ponto é: precisamos cantar em espírito e em verdade. Obviamente, o louvor será sincero e genuíno quando vier de lábios que buscam o Senhor acima de todas as coisas. Precisamos de reconsagração. Vários fatores são necessários para que isso ocorra. Mas garanto que um louvor bem dirigido e centrado em Deus será um dos desencadeadores dessa mudança. Uma coisa leva à outra! Assim, posso dizer: precisamos cantar mais com o coração. Grandes milagres surgirão quando isso acontecer.
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quinta-feira, 21 de julho de 2011
O fim na minha geração
Enfermeira conta porque vibra com a entrega de livros missionários
Eliete Carvalho Coelho, 34 anos, é casada e tem um filho de cinco anos. No seu dia a dia de enfermeira, seja em sala de aula ou no hospital, ela não perde uma oportunidade de presentear amigos ou desconhecidos com os livros missionários lançados a cada ano pela Igreja Adventista em parceria com a Casa Publicadora Brasileira. Neste primeiro semestre, ela já entregou 700 livros. Além disso, Eliete liderou dois projetos com o coral do qual é pianista, em que foram doados 9 mil exemplares. Veja como ela trabalha e o que a motiva.
Conte algumas reações interessantes dos que foram presenteados.
Conte algumas reações interessantes dos que foram presenteados.
Eu tenho várias histórias, não caberiam no blog (risos). Uma vez mandei entregar um livro para o piloto no avião, o que faço há anos, assim como a minha mãe. E o piloto agradeceu no alto falante para todo mundo ouvir, dizendo meu nome. Foi bem legal. Teve outro piloto que foi até minha poltrona agradecer e convidou meu filho para conhecer a cabine do avião. Dessa vez eu tinha entregado o livro O Grande Conflito para o piloto e o livro missionário para o restante da tripulação. O piloto ficou feliz porque disse que adora ler.
Uma vez entreguei para uma moça do caixa do supermercado. Ela ficou tão grata que me deu uma revista de receitas em troca. Soube também de uma pessoa que já está guardando o sábado porque recebeu o livro na caixinha do correio de sua casa, como resultado de um projeto que minha família realizou o em Paraíso de Tocantins, TO, entregando livros na casa dos moradores de cinco bairros.
Mas a experiência mais interessante que tive, aconteceu quando trabalhava na UTI Pediátrica. Entreguei o livro Ainda Existe Esperança para todas as mães das crianças internadas. Uma delas, que estava com a criança em estado bem grave, agradeceu-me com lágrimas nos olhos e pediu para comprar mais cinco exemplares. Dei mais alguns livros para ela e logo depois sua criança teve alta.
Como é o envolvimento da tua família nesse trabalho?
Meu filhinho de cinco anos é entregador-mor de livros. Desde pequeno, ele participa de tudo o que fazemos. Quando moramos no Tocantins, e não tínhamos carro, nós íamos para igreja no sábado entregando folhetos no caminho. É ele que me lembra muitas vezes de levar livros para entregar.
Meu marido tem o mesmo espírito. Essa semana ele perdeu a carteira dele com os documentos. Chateado com a situação, ele disse que reverteria isso em bênção, refazendo seu último trajeto, perguntando sobre sua carteira, e doando um livro para quem o ajudasse.
Mas o maior exemplo vem dos meus pais. Minha mãe e eu estamos disputando para ver quem entrega mais livros esse ano. Meu pai, por exemplo, já teve a ousadia de ir a um velório católico e entregar 50 folhetos sobre a morte, inclusive para o padre.
Como você tem influenciado outras pessoas?
No momento, sou pianista do coral Expressão Jovem do Unasp, campus São Paulo. Nesse ano, fizemos um retiro espiritual em Piedade, SP, e distribuímos 8 mil livros na cidade. Foi muito bom, todos ficaram muito empolgados. No Dia das Mães levei os coristas a um hospital, e lá entregamos mais 900 livros para mães, funcionários e acompanhantes. Estamos pensando em algum projeto para a segunda metade do ano. Queremos chegar aos 15 mil livros distribuídos!
Qual é a motivação para tanta dedicação?
Eu quero realmente que Jesus volte logo. E para isso acontecer depende da igreja. Eu sei que Ele vai ajudar a terminar a pregação do evangelho. Mas tenho que fazer minha parte. Li o artigo do pastor Alberto Timm e sei que Jesus poderia ter voltado em outros momentos, mas a igreja desanimou. Não quero que isso aconteça de novo, por isso, estou animando aqueles que estão perto de mim.
Você acredita que a volta de Jesus está próxima?
Eu tenho sentido que as pessoas estão realmente cansadas. Eu trabalho no setor de treinamento e desenvolvimento de um hospital como enfermeira da Educação Continuada e tenho tido a oportunidade de participar de reuniões com representantes de empresas, de produtos hospitalares e coordenadores de faculdades. Sempre entrego o livro missionário e muitos me agradecem pelo consolo que o livro traz.
Meu pai é adventista há quase 40 anos. Ele disse que nunca viu a igreja trabalhar tanto e com tanta intensidade como agora. Desde 11 de setembro de 2011, o mundo tem se transtornado e a igreja avançado. Tem um momento mais propício do que agora para Jesus voltar? A discussão sobre um dia de descanso "pipoca" todo dia em lugares diferentes no mundo. Estamos cada dia mais perto!
Agora é sua vez!
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segunda-feira, 4 de julho de 2011
Semana de oração jovem via satélite
Pela primeira vez na história da Igreja Adventista no Brasil, uma semana de oração jovem será transmitida via satélite (divulgue o vídeo promocional). A tradicional programação realizada anualmente em julho será dirigida pelo pastor Areli Barbosa, líder dos jovens adventistas sul-americanos. A Igreja Central de Campinas, no interior paulista, será o palco das transmissões do sinal da TV Novo Tempo, que poderá ser recebido pelos assinantes da Sky, igrejas em que há um receptor e também pelos internautas que acessarem o site novotempo.com/canal-executivo. O pastor Areli falou um pouco sobre sua expectativa para a programação.
Qual será a ênfase dos sermões?
Sábado (09/07) – Prova de fogo. Semelhante a Jesus. Quem você imita? O que você copia, com quem você se parece? A mensagem gira em torno da vida de José;
Domingo (10/07) – Investimento seguro. Onde você tem aplicado seu tempo, recursos, vida e talentos? Vamos falar sobre Noé e a construção da arca.
Segunda (11/07) – Vida longa. Se os jovens querem ter longevidade, é importante que não se esqueçam dos conselhos dos pais. A história de Abraão e Isaque no monte Moriá retrata isso;
Terça (12/07) – Não brinque com o pecado. Se o homem mais forte do mundo não suportou a tentação, seria diferente com você? A vida de Sansão mostra que podemos cair do pedestal;
Quarta (13/07) – Sonhos e planos. Quais são seus objetivos? A vida de Raabe mostra que é possível mudar de vida e que Deus pode dar um novo futuro;
Quinta (14/07) – Quanto custa ser cristão? Sacrifício, responsabilidade, vida de firmeza e renúncia. A história dos três hebreus na Babilônia prova que existe um preço.
Sexta (15/07) – Perdão. Deus tem um jeito especial de perdoar. Nunca alguém foi tão longe que não pudesse ser alcançado. Vamos aprender com a experiência de Davi.
Sábado (16/07) – Seleção de Deus. Os grandes homens e mulheres do passado deixaram sua marca e formaram um time seleto. A geração atual também pode fazer parte dessa equipe. Vamos estudar como através da biografia de Neemias.
Como será a interação com o público?
Vamos interagir com o público antes das pregações, numa parte apresentada pela jornalista Luciana Santana do programa Conexão Jovem da TV Novo Tempo (novotempo.com/conexaojovem).
Por que essa programação terá transmissão via satélite pela primeira vez?
A TV Novo Tempo está crescendo e quer alcançar o publico jovem com uma programação diversificada e que possa fortalecer os princípios da juventude e motivá-la a ter comunhão com Deus e a pregar a mensagem de salvação.
Qual é a audiência em potencial dessa programação?
No Brasil, temos 7 mil pontos com antenas para receber o sinal da programação. Em algumas cidades e capitais, como Porto Alegre, Curitiba e São Paulo temos o sinal aberto da TV Novo Tempo, o que representa uma audiência de 50 milhões de pessoas. E pela Sky, mais de 2 milhões podem acompanhar a programação.
Você tem enfatizado o uso evangelístico da internet. Como a web agora vai ajudar a potencializar essa mensagem?
Esse material vai estar disponível na internet e poderá ser compartilhado pelas redes sociais. Além disso, a cada noite, depois dos sermões, nosso plano é ter um chat.
Horários de transmissão
Data – 09/07 a 16/07/2011
Canal executivo – 20h (novotempo.com/canal-executivo)
TV Novo Tempo – 21h (pelo canal 17 da Sky e em algumas cidades no sinal aberto).
Qual será a ênfase dos sermões?
Sábado (09/07) – Prova de fogo. Semelhante a Jesus. Quem você imita? O que você copia, com quem você se parece? A mensagem gira em torno da vida de José;
Domingo (10/07) – Investimento seguro. Onde você tem aplicado seu tempo, recursos, vida e talentos? Vamos falar sobre Noé e a construção da arca.
Segunda (11/07) – Vida longa. Se os jovens querem ter longevidade, é importante que não se esqueçam dos conselhos dos pais. A história de Abraão e Isaque no monte Moriá retrata isso;
Terça (12/07) – Não brinque com o pecado. Se o homem mais forte do mundo não suportou a tentação, seria diferente com você? A vida de Sansão mostra que podemos cair do pedestal;
Quarta (13/07) – Sonhos e planos. Quais são seus objetivos? A vida de Raabe mostra que é possível mudar de vida e que Deus pode dar um novo futuro;
Quinta (14/07) – Quanto custa ser cristão? Sacrifício, responsabilidade, vida de firmeza e renúncia. A história dos três hebreus na Babilônia prova que existe um preço.
Sexta (15/07) – Perdão. Deus tem um jeito especial de perdoar. Nunca alguém foi tão longe que não pudesse ser alcançado. Vamos aprender com a experiência de Davi.
Sábado (16/07) – Seleção de Deus. Os grandes homens e mulheres do passado deixaram sua marca e formaram um time seleto. A geração atual também pode fazer parte dessa equipe. Vamos estudar como através da biografia de Neemias.
Como será a interação com o público?
Vamos interagir com o público antes das pregações, numa parte apresentada pela jornalista Luciana Santana do programa Conexão Jovem da TV Novo Tempo (novotempo.com/conexaojovem).
Por que essa programação terá transmissão via satélite pela primeira vez?
A TV Novo Tempo está crescendo e quer alcançar o publico jovem com uma programação diversificada e que possa fortalecer os princípios da juventude e motivá-la a ter comunhão com Deus e a pregar a mensagem de salvação.
Qual é a audiência em potencial dessa programação?
No Brasil, temos 7 mil pontos com antenas para receber o sinal da programação. Em algumas cidades e capitais, como Porto Alegre, Curitiba e São Paulo temos o sinal aberto da TV Novo Tempo, o que representa uma audiência de 50 milhões de pessoas. E pela Sky, mais de 2 milhões podem acompanhar a programação.
Você tem enfatizado o uso evangelístico da internet. Como a web agora vai ajudar a potencializar essa mensagem?
Esse material vai estar disponível na internet e poderá ser compartilhado pelas redes sociais. Além disso, a cada noite, depois dos sermões, nosso plano é ter um chat.
Horários de transmissão
Data – 09/07 a 16/07/2011
Canal executivo – 20h (novotempo.com/canal-executivo)
TV Novo Tempo – 21h (pelo canal 17 da Sky e em algumas cidades no sinal aberto).
terça-feira, 7 de junho de 2011
Aventura na selva
Igreja Adventista organiza turismo social de curta duração na Amazônia
Wendel Lima
O trabalho humanitário da Igreja Adventista na Amazônia é internacionalmente reconhecido. Mas o respeito das populações ribeirinhas, das autoridades nacionais e dos colaboradores de outros países não foi conquistado da noite para o dia, é fruto de 80 anos de serviço. Boa parte dessa herança missionária se deve ao casal norte-americano Leo e Jessie Halliwell, que trabalhou com as lanchas assistenciais por 27 anos.
Ao longo de oito décadas, milhares de missionários de tempo integral e parcial já singraram os rios amazônicos doando muito de si e recebendo muito também. E para aproveitar o espírito festivo dessa data e fazer com o senso de missão se perpetue nas próximas gerações, a ADRA Brasil regional Amazonas e o Ministério Jovem da União Noroeste Brasileira estão organizando duas expedições humanitárias a bordo das lanchas, em julho: Missão Calebe e Aventura Solidária.
A Conexão JA conversou com Landerson Santana, diretor da ADRA na região e idealizador do projeto Aventura Solidária. Ele falou sobre a proposta da mobilização e como você pode participar.
Qual é a proposta do projeto Aventura Solidária e no que ele difere das demais iniciativas assistenciais realizadas na Amazônia?
A proposta é fazer uma viagem diferente, que cause impacto na vida das pessoas. No livro O Desejado de Todas as Nações, Ellen White escreveu que ao Jesus passar pelas cidades e aldeias, Ele “era como uma corrente vital, difundindo vida e alegria por onde quer que fosse” (p. 350). Ele não fazia apenas assistencialismo, mas ações que causavam mudanças duradouras. A proposta é fazer uma viagem que seja inesquecível para o voluntário e para as comunidades beneficiadas.
O projeto Aventura Solidária se difere do projeto Luzeiro Amazônia, porque é pontual, localizado e acontece num período curto. No entanto, as duas iniciativas estão conectadas e são complementares, porque atendem as mesmas comunidades.
Os voluntários que se inscreverem vão se juntar a nossa equipe formada por um dentista e dois enfermeiros de tempo integral e um dentista de tempo parcial. Esse grupo trabalha com a lancha Luzeiro 26 e duas voadeiras (a Jessie Halliwell, com motor 90hp; e a Expresso Luzeiro, com motor 250hp, para 15 pessoas). Além disso, temos parceria com o projeto Salva-Vidas Amazônia, que tem três barcos grandes.
Como nasceu a ideia?
Em 2009, dez universitários canadenses da Canadian University College (http://www.cauc.ca/) construíram, com apoio da ADRA Canadá, 70 cisternas de placa com capacidade de armazenamento de 16 mil litros de água da chuva, no sertão do Piauí e da Bahia. Foi fantástico ver aquelas famílias que não tinham acesso a água, passar até dez meses com estoque de água.
Em 2010, tivemos outra mobilização. Em Teresina, plantamos 1.500 árvores às margens do Rio Poty e construímos cinco banheiros num bairro pobre da cidade. Doamos também 5 mil reais para a construção de uma sede do projeto social Pescadores de Homens, em Parnaíba, PI, que trabalha recuperando da dependência química os pescadores da comunidade. Além disso, fizemos a coleta do lixo acumulado há anos nos Lençóis Maranhenses e compramos um projetor de vídeo para uma igreja na cidade de Paulino Neves, MA. Essas duas experiências marcantes serviram de base para o projeto Aventura Solidária da Amazônia.
Quais serviços serão prestados e em quais comunidades?
Pelo menos quatro: (1) atendimento médico e orientação sobre saúde preventiva; (2) reforma e ampliação de uma escola e construção da biblioteca da comunidade São Francisco do Camarão, em Coari; (3) construção de um posto de saúde na comunidade Colônia Paraíso, em Coari; (4) construção de uma embarcação (voadeira) para atender as comunidades do Rio Manacapuru.
Qual é o impacto que um projeto desse pode ter na vida dos participantes?
Pode impactar para o resto da vida. Amor ao próximo e espírito missionário e aventureiro podem ser contagiosos. Esse projeto pode levar os participantes a repensar sua vida e a se voltar mais para o próximo, seguindo assim os passos de Jesus.
Além disso, os que participam desse tipo de turismo social, podem se tornar financiadores ou divulgadores dos nossos projetos ou até mesmo podem voltar à Amazônia para participar de projetos de duração maior.
Em quais outros projetos sociais na Amazônia os internautas podem se voluntariar?
Aqui na Amazônia temos viagens e trabalhos o ano todo. Trabalhando em parceira com o projeto Salva-Vidas Amazônia, operamos cinco bases de atendimento: Manaus, Novo Airão, Manacapuru, Coari e Barreirinha. Podemos e precisamos receber voluntários de várias áreas: saúde, manutenção de barcos, piloto de barcos, apoio e tudo mais.
Aventura Solidária Amazônia
Data: 24 a 31 de julho de 2011
Limite para inscrição: 15 de julho
Participantes: 300 pessoas
Acomodação: pernoite em barco, dormindo em colchonetes ou redes
Perfil: podem participar pessoas de qualquer credo ou formação profissional
Vacina: é recomendável tomar contra a febre amarela
Custo: inscrição (150 reais) + alimentação e logística (360 reais) + viagem até Manaus
Contatos: Elena – (92) 3878-4814 - luzeiro@adventistas.org.br
Landerson Santana - (92) 8100-6800 - www.twitter.com/adraamazonas
Wendel Lima
O trabalho humanitário da Igreja Adventista na Amazônia é internacionalmente reconhecido. Mas o respeito das populações ribeirinhas, das autoridades nacionais e dos colaboradores de outros países não foi conquistado da noite para o dia, é fruto de 80 anos de serviço. Boa parte dessa herança missionária se deve ao casal norte-americano Leo e Jessie Halliwell, que trabalhou com as lanchas assistenciais por 27 anos.
Ao longo de oito décadas, milhares de missionários de tempo integral e parcial já singraram os rios amazônicos doando muito de si e recebendo muito também. E para aproveitar o espírito festivo dessa data e fazer com o senso de missão se perpetue nas próximas gerações, a ADRA Brasil regional Amazonas e o Ministério Jovem da União Noroeste Brasileira estão organizando duas expedições humanitárias a bordo das lanchas, em julho: Missão Calebe e Aventura Solidária.
A Conexão JA conversou com Landerson Santana, diretor da ADRA na região e idealizador do projeto Aventura Solidária. Ele falou sobre a proposta da mobilização e como você pode participar.
Qual é a proposta do projeto Aventura Solidária e no que ele difere das demais iniciativas assistenciais realizadas na Amazônia?
A proposta é fazer uma viagem diferente, que cause impacto na vida das pessoas. No livro O Desejado de Todas as Nações, Ellen White escreveu que ao Jesus passar pelas cidades e aldeias, Ele “era como uma corrente vital, difundindo vida e alegria por onde quer que fosse” (p. 350). Ele não fazia apenas assistencialismo, mas ações que causavam mudanças duradouras. A proposta é fazer uma viagem que seja inesquecível para o voluntário e para as comunidades beneficiadas.
O projeto Aventura Solidária se difere do projeto Luzeiro Amazônia, porque é pontual, localizado e acontece num período curto. No entanto, as duas iniciativas estão conectadas e são complementares, porque atendem as mesmas comunidades.
Os voluntários que se inscreverem vão se juntar a nossa equipe formada por um dentista e dois enfermeiros de tempo integral e um dentista de tempo parcial. Esse grupo trabalha com a lancha Luzeiro 26 e duas voadeiras (a Jessie Halliwell, com motor 90hp; e a Expresso Luzeiro, com motor 250hp, para 15 pessoas). Além disso, temos parceria com o projeto Salva-Vidas Amazônia, que tem três barcos grandes.
Como nasceu a ideia?
Em 2009, dez universitários canadenses da Canadian University College (http://www.cauc.ca/) construíram, com apoio da ADRA Canadá, 70 cisternas de placa com capacidade de armazenamento de 16 mil litros de água da chuva, no sertão do Piauí e da Bahia. Foi fantástico ver aquelas famílias que não tinham acesso a água, passar até dez meses com estoque de água.
Em 2010, tivemos outra mobilização. Em Teresina, plantamos 1.500 árvores às margens do Rio Poty e construímos cinco banheiros num bairro pobre da cidade. Doamos também 5 mil reais para a construção de uma sede do projeto social Pescadores de Homens, em Parnaíba, PI, que trabalha recuperando da dependência química os pescadores da comunidade. Além disso, fizemos a coleta do lixo acumulado há anos nos Lençóis Maranhenses e compramos um projetor de vídeo para uma igreja na cidade de Paulino Neves, MA. Essas duas experiências marcantes serviram de base para o projeto Aventura Solidária da Amazônia.
Quais serviços serão prestados e em quais comunidades?
Pelo menos quatro: (1) atendimento médico e orientação sobre saúde preventiva; (2) reforma e ampliação de uma escola e construção da biblioteca da comunidade São Francisco do Camarão, em Coari; (3) construção de um posto de saúde na comunidade Colônia Paraíso, em Coari; (4) construção de uma embarcação (voadeira) para atender as comunidades do Rio Manacapuru.
Qual é o impacto que um projeto desse pode ter na vida dos participantes?
Pode impactar para o resto da vida. Amor ao próximo e espírito missionário e aventureiro podem ser contagiosos. Esse projeto pode levar os participantes a repensar sua vida e a se voltar mais para o próximo, seguindo assim os passos de Jesus.
Além disso, os que participam desse tipo de turismo social, podem se tornar financiadores ou divulgadores dos nossos projetos ou até mesmo podem voltar à Amazônia para participar de projetos de duração maior.
Em quais outros projetos sociais na Amazônia os internautas podem se voluntariar?
Aqui na Amazônia temos viagens e trabalhos o ano todo. Trabalhando em parceira com o projeto Salva-Vidas Amazônia, operamos cinco bases de atendimento: Manaus, Novo Airão, Manacapuru, Coari e Barreirinha. Podemos e precisamos receber voluntários de várias áreas: saúde, manutenção de barcos, piloto de barcos, apoio e tudo mais.
Aventura Solidária Amazônia
Data: 24 a 31 de julho de 2011
Limite para inscrição: 15 de julho
Participantes: 300 pessoas
Acomodação: pernoite em barco, dormindo em colchonetes ou redes
Perfil: podem participar pessoas de qualquer credo ou formação profissional
Vacina: é recomendável tomar contra a febre amarela
Custo: inscrição (150 reais) + alimentação e logística (360 reais) + viagem até Manaus
Contatos: Elena – (92) 3878-4814 - luzeiro@adventistas.org.br
Landerson Santana - (92) 8100-6800 - www.twitter.com/adraamazonas
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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Quando a brincadeira vira evangelismo
Ele representa o perfil de uma geração que preza pela informalidade, humor, entretenimento e não desgruda da internet. Diego Barreto, pastor auxiliar da Igreja da Alvorada, em São Paulo, congregação marcada pela presença de muitos jovens, é um dos mentores do BibleCast (http://www.confissoespastorais.com.br/). Seu podcast semanal sobre teologia e cristianismo tem sido baixado por até 10 mil pessoas. A ideia é simples, por isso se tornou viral. É gravar uma conversa informal por telefone com o amigo e pastor José Rodrigues Júnior, que trate com bom humor e autenticidade de temas profundos, ligados ao sentido da vida. Apesar do formato descontraído, uma das razões do sucesso do programa, Diego garante que o objetivo é diminuir a distância que existe entre a teologia acadêmica e a compreensão que a igreja tem sobre Deus. Nesta entrevista, Diego (ao lado do astronauta Marcos Pontes na Campus Party 2011) fala sobre como surgiu a ideia e os resultados evangelísticos da iniciativa.
Conexão JA: Como surgiu e o que é o BibleCast?
Diego: Surgiu de conversas à mesa, caminhando pelo campus do Unasp Engenheiro Coelho e de conversas telefônicas. O pastor José Rodrigues Júnior e eu conversamos com frequencia por telefone sobre assuntos teológicos e sobre questões relacionadas ao cristianismo. É tipo um hobby, que vem desde a época do curso teológico. Eram conversas que nos ajudavam muito a crescer no entendimento da religião verdadeira. Na virada de 2009 para 2010, decidimos transformar nossas conversas telefônicas em programas de áudio para publicar na internet. Acreditamos que há uma distância muito grande entre o que diz a teologia adventista e no que acreditam os membros e pastores. Com o BibleCast, a gente pretende diminuir esse abismo.
Conexão JA: Como tem sido os acessos e como vocês têm medido o sucesso da iniciativa?
Diego: Começamos o primeiro programa com 15 downloads. Eram amigos nossos que ficaram sabendo da iniciativa e tiveram coragem de ouvir o primeiro programa. Daí veio o crescimento natural e, hoje, quando lançamos um programa novo, às sexta-feiras, mais de mil pessoas o escutam imediatamente. E durante a semana seguinte os downloads variam de 6 mil a 10 mil.
Conexão JA: Como a ferramenta tem se mostrado útil para o evangelismo?
Diego: Através dos programas, os usuários têm tido a oportunidade de quebrar preconceitos a respeito do adventismo, renovar sua fé, fortalecer suas convicções e até voltar pra igreja. Recebemos e-mails toda semana e temos testemunhos de pessoas que foram rebatizadas e até de pessoas que dizem ter se batizado por influência do BibleCast. Mas não é só isso, temos muitos fiéis de outras denominações que escutam e divulgam o programa.
Outro fator importante da iniciativa é usar o formato podcast. Essa ferramenta extraordinária é perfeita para nosso trabalho evangelístico. Por ser um programa de áudio "portável", as pessoas o compartilham. Gravam o podcast em CDs e o levam para quem não tem internet banda larga. Outros ouvem o programa no carro, no celular, no IPod, no MP3 player, enquanto estão no trânsito. Ouvir músicas é muito bom, mas dedicar um tempinho por semana pra aprender mais é viciante. Essa é a beleza desse formato!
Conexão JA: Quais são os cuidados que vocês têm na escolha dos temas e no uso da linguagem para tornar o conteúdo mais inclusivo?
Diego: Costumamos escolher temas que podem ser apreciados pela audiência regular, ou seja, na medida em que certas coisas são reveladas vamos partindo para outras mais profundas e complicadas. Escolhemos sempre temas diferentes com abordagens novas. Lutamos para fazer programas originais. Mesmo que seja um assunto comum (o que é raro), nossa abordagem sempre será inédita, pelo menos para uma audiência leiga.
Outro cuidado importante que tomamos é com a linguagem. O programa surgiu de conversas informais e precisa manter esse formato. Portanto, quanto mais natural melhor. Por isso, cedo ou tarde risadas e gargalhadas acabam escapando, mas a seriedade nunca. Acreditamos também que essa naturalidade e informalidade garantem a audiência dos jovens. Eles não querem ouvir vozes “institucionais” (modeladas e impostas), eles querem conversar, entrar na conversa, e a informalidade é a chave para essa inclusão.
Conexão JA: Usar o humor para falar de coisas sérias é uma tendência no jornalismo. Optar por esse estilo foi algo ligado à personalidade de vocês ou foi baseado nas tendências?
Diego: Com certeza tem a ver com nossa personalidade. Até porque eu acredito que essa seja uma marca da minha geração, antes de ser uma tendência do jornalismo de hoje. A minha geração é formada por pessoas que prezam demais, muito mais do que eu gostaria até, pelo humor, pelo entretenimento e pela informalidade. E nós somos assim. Por isso, decidimos naturalmente por esse estilo, até porque muito antes de existir CQC nós já conversávamos assim no curso de teologia.
Conexão JA: Vocês já têm testemunhos de bons contatos missionários?
Diego: Sim, graças a Deus. Fizemos contato com Alexandre Ottoni (do site http://www.jovemnerd.com.br/), com Eduardo Spohr (autor do livro A Batalha do Apocalipse) e com Maurício Saldanha (crítico de cinema). Outros contatos são de pessoas que nos escrevem, por exemplo, como um jovem de Portugal, que estava afastado da igreja e disse ter reencontrado a fé através da linguagem moderna do BibleCast. Ele tem usado a ferramenta para evangelizar a esposa, que não é cristã
Conexão JA: Como vocês escolhem os temas dos podcasts?
Diego: São os assuntos que mais gostamos de falar entre nós. Flui naturalmente. Nossas conversas evoluem na medida em que vamos aprendendo e vivendo: “A boca fala do que está cheio o coração.” Pensamos no que queremos falar e avaliamos se combina com nosso contexto atual. Por exemplo, grandes acontecimentos, como a invasão do morro do Alemão e as enchentes na região serrana do Rio não podem ser ignoradas.
Conexão JA: Você acredita que a internet hoje é uma ferramenta indispensável para o pastor ter acesso às suas ovelhas mais jovens e para que seu ministério vá além dos muros da igreja?
Diego: Sem sombra de dúvida. Vejo isso pela minha geração pós-moderna, acessa mais internet do que vê televisão. Até os filmes estão perdendo espaço para o acesso a internet. Das 6.800 pessoas que vi na Campus Party 2011, posso contar nos dedos da mão quem estava lá pra ver filmes. Pense no seguinte, os juvenis de 11 a 14 anos e os adolescentes de 15 a 19 anos não saem mais da internet. Esse é o novo mundo deles. Qualquer coisa que você precisar dizer a eles, terá que passar pela internet.
Se o pastor quer ser ouvido pelos jovens, precisa conhecer o mundo deles. Não é preciso se sujar na lama pra entender esse mundo, e é possível entrar nele sem perder os princípios. Somos a luz do mundo, por isso nosso lugar é no mundo. Não como parte dele, mas como solução para ele. O remédio só fará efeito se for lançado numa corrente sanguínea infectada. Por isso, pastores de jovens, pulem na rede!
Conexão JA: Como foi a experiência de participar da Campus Party 2011?
Diego: Foi minha primeira vez. Achei a experiência extraordinária, muito acima das minhas expectativas. Quase não fiquei na internet, porque aproveitei a maior parte do tempo para divulgar o BibleCast e gravar programas ao vivo de lá.
Também assisti às palestras sobre mídias sociais. Aprendi muito sobre técnicas de como lidar com pessoas na internet e sobre o comportamento dos usuários. Mas o mais interessante sobre os contatos com as celebridades da web foi surpreender a todos quando dizia que era pastor. Eles se surpreenderam e eu também pelas amizades que pude construir. Preconceitos foram quebrados e até fomos convidados para participar no maior podcast do Brasil (o Nerdcast do site http://www.jovemnerd.com.br/). Advinha, para quê? Falar sobre Deus!
Por Wendel Lima, editor (conexaoja@cpb.com.br)
Conexão JA: Como surgiu e o que é o BibleCast?
Diego: Surgiu de conversas à mesa, caminhando pelo campus do Unasp Engenheiro Coelho e de conversas telefônicas. O pastor José Rodrigues Júnior e eu conversamos com frequencia por telefone sobre assuntos teológicos e sobre questões relacionadas ao cristianismo. É tipo um hobby, que vem desde a época do curso teológico. Eram conversas que nos ajudavam muito a crescer no entendimento da religião verdadeira. Na virada de 2009 para 2010, decidimos transformar nossas conversas telefônicas em programas de áudio para publicar na internet. Acreditamos que há uma distância muito grande entre o que diz a teologia adventista e no que acreditam os membros e pastores. Com o BibleCast, a gente pretende diminuir esse abismo.
Conexão JA: Como tem sido os acessos e como vocês têm medido o sucesso da iniciativa?
Diego: Começamos o primeiro programa com 15 downloads. Eram amigos nossos que ficaram sabendo da iniciativa e tiveram coragem de ouvir o primeiro programa. Daí veio o crescimento natural e, hoje, quando lançamos um programa novo, às sexta-feiras, mais de mil pessoas o escutam imediatamente. E durante a semana seguinte os downloads variam de 6 mil a 10 mil.
Conexão JA: Como a ferramenta tem se mostrado útil para o evangelismo?
Diego: Através dos programas, os usuários têm tido a oportunidade de quebrar preconceitos a respeito do adventismo, renovar sua fé, fortalecer suas convicções e até voltar pra igreja. Recebemos e-mails toda semana e temos testemunhos de pessoas que foram rebatizadas e até de pessoas que dizem ter se batizado por influência do BibleCast. Mas não é só isso, temos muitos fiéis de outras denominações que escutam e divulgam o programa.
Outro fator importante da iniciativa é usar o formato podcast. Essa ferramenta extraordinária é perfeita para nosso trabalho evangelístico. Por ser um programa de áudio "portável", as pessoas o compartilham. Gravam o podcast em CDs e o levam para quem não tem internet banda larga. Outros ouvem o programa no carro, no celular, no IPod, no MP3 player, enquanto estão no trânsito. Ouvir músicas é muito bom, mas dedicar um tempinho por semana pra aprender mais é viciante. Essa é a beleza desse formato!
Conexão JA: Quais são os cuidados que vocês têm na escolha dos temas e no uso da linguagem para tornar o conteúdo mais inclusivo?
Diego: Costumamos escolher temas que podem ser apreciados pela audiência regular, ou seja, na medida em que certas coisas são reveladas vamos partindo para outras mais profundas e complicadas. Escolhemos sempre temas diferentes com abordagens novas. Lutamos para fazer programas originais. Mesmo que seja um assunto comum (o que é raro), nossa abordagem sempre será inédita, pelo menos para uma audiência leiga.
Outro cuidado importante que tomamos é com a linguagem. O programa surgiu de conversas informais e precisa manter esse formato. Portanto, quanto mais natural melhor. Por isso, cedo ou tarde risadas e gargalhadas acabam escapando, mas a seriedade nunca. Acreditamos também que essa naturalidade e informalidade garantem a audiência dos jovens. Eles não querem ouvir vozes “institucionais” (modeladas e impostas), eles querem conversar, entrar na conversa, e a informalidade é a chave para essa inclusão.
Conexão JA: Usar o humor para falar de coisas sérias é uma tendência no jornalismo. Optar por esse estilo foi algo ligado à personalidade de vocês ou foi baseado nas tendências?
Diego: Com certeza tem a ver com nossa personalidade. Até porque eu acredito que essa seja uma marca da minha geração, antes de ser uma tendência do jornalismo de hoje. A minha geração é formada por pessoas que prezam demais, muito mais do que eu gostaria até, pelo humor, pelo entretenimento e pela informalidade. E nós somos assim. Por isso, decidimos naturalmente por esse estilo, até porque muito antes de existir CQC nós já conversávamos assim no curso de teologia.
Conexão JA: Vocês já têm testemunhos de bons contatos missionários?
Diego: Sim, graças a Deus. Fizemos contato com Alexandre Ottoni (do site http://www.jovemnerd.com.br/), com Eduardo Spohr (autor do livro A Batalha do Apocalipse) e com Maurício Saldanha (crítico de cinema). Outros contatos são de pessoas que nos escrevem, por exemplo, como um jovem de Portugal, que estava afastado da igreja e disse ter reencontrado a fé através da linguagem moderna do BibleCast. Ele tem usado a ferramenta para evangelizar a esposa, que não é cristã
Conexão JA: Como vocês escolhem os temas dos podcasts?
Diego: São os assuntos que mais gostamos de falar entre nós. Flui naturalmente. Nossas conversas evoluem na medida em que vamos aprendendo e vivendo: “A boca fala do que está cheio o coração.” Pensamos no que queremos falar e avaliamos se combina com nosso contexto atual. Por exemplo, grandes acontecimentos, como a invasão do morro do Alemão e as enchentes na região serrana do Rio não podem ser ignoradas.
Conexão JA: Você acredita que a internet hoje é uma ferramenta indispensável para o pastor ter acesso às suas ovelhas mais jovens e para que seu ministério vá além dos muros da igreja?
Diego: Sem sombra de dúvida. Vejo isso pela minha geração pós-moderna, acessa mais internet do que vê televisão. Até os filmes estão perdendo espaço para o acesso a internet. Das 6.800 pessoas que vi na Campus Party 2011, posso contar nos dedos da mão quem estava lá pra ver filmes. Pense no seguinte, os juvenis de 11 a 14 anos e os adolescentes de 15 a 19 anos não saem mais da internet. Esse é o novo mundo deles. Qualquer coisa que você precisar dizer a eles, terá que passar pela internet.
Se o pastor quer ser ouvido pelos jovens, precisa conhecer o mundo deles. Não é preciso se sujar na lama pra entender esse mundo, e é possível entrar nele sem perder os princípios. Somos a luz do mundo, por isso nosso lugar é no mundo. Não como parte dele, mas como solução para ele. O remédio só fará efeito se for lançado numa corrente sanguínea infectada. Por isso, pastores de jovens, pulem na rede!
Conexão JA: Como foi a experiência de participar da Campus Party 2011?
Diego: Foi minha primeira vez. Achei a experiência extraordinária, muito acima das minhas expectativas. Quase não fiquei na internet, porque aproveitei a maior parte do tempo para divulgar o BibleCast e gravar programas ao vivo de lá.
Também assisti às palestras sobre mídias sociais. Aprendi muito sobre técnicas de como lidar com pessoas na internet e sobre o comportamento dos usuários. Mas o mais interessante sobre os contatos com as celebridades da web foi surpreender a todos quando dizia que era pastor. Eles se surpreenderam e eu também pelas amizades que pude construir. Preconceitos foram quebrados e até fomos convidados para participar no maior podcast do Brasil (o Nerdcast do site http://www.jovemnerd.com.br/). Advinha, para quê? Falar sobre Deus!
Por Wendel Lima, editor (conexaoja@cpb.com.br)
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Big Besteirol Brasil
O segredo do sucesso dos reality shows e o que se espera dos cristãos
Trabalhei numa empresa multinacional, com faturamento anual de 1 bilhão de reais e que empregava 2 mil funcionários apenas no Brasil, e que não foi páreo para um personagem criado há poucos anos pela telinha. Explico. Num belo dia, estava na área de Customer Care (área em que trabalhavam só mulheres), para solicitar a uma usuária chave me disponibilizar algumas informações em caráter de urgência, pois havia um caminhão carregado de nossos produtos “presos” na recepção de um dos chamados Key Accounts (grandes clientes), por inconsistência de informações. De repente, outra garota chegou esbaforida, dizendo: “Gente, adivinha quem está lá embaixo, no prédio? O Alemão!!! Houve um tremendo de um alvoroço. Nunca vi nada igual. Parecia que todo o prédio estava a soçobrar. Correria para todos os lados, gritos, maquiagem e batom de última hora, celulares com disparadores de fotos em punho, e todas correram em direção às duas saídas do 7º andar.
Eu fiquei só, sem entender muito bem o ocorrido. E o caminhão aguardando as tais informações na entrada do centro de distribuição de uma grande rede de hipermercados. Passados intermináveis 20 minutos, elas retornam. O sorriso nos lábios denunciam que algo de bom havia acontecido lá embaixo. “Tiramos fotos do Alemão!”, disseram. E eu pensei: que raio de “Alemão” é esse? Seria o Michael Schumacher? Enquanto tentei identificar o tal personagem, elas trocaram as fotos tiradas pelos celulares, e violando o código de conduta da companhia, transferiram as imagens para seus desktops. Depois, enviaram rapidamente as fotos por e-mail sabe-se lá para quantas pessoas.
Trinta minutos se passaram. E o caminhão continuava aguardando. E não era só isso: Os vendedores tentaram confirmar alguns pedidos emitidos, e outros clientes pediram outras informações. O tempo parou por 30 minutos, uma área inteira parou por meia hora, e o caminhão ficou parado, bem como os vendedores e os clientes. Eu fiquei calculando o tamanho do prejuízo que a empresa estava tendo, só por causa do tal do “Alemão”.
Então eu não me contive: perguntei à garota que me deixou falando sozinho, o que havia acontecido, e ela, pasma, pergunta? Você não o conhece? Não acredito! Você só pode estar brincando! Eu me senti como um ser de outro planeta, que acabara de pousar na Terra. Quando ela me disse que era o principal personagem de um reality show, eu não me segurei: Toda essa revolução só por causa deste cara? Ela simplesmente me ignorou, voltando ao trabalho com um sorriso nos lábios. Elas pensando no Alemão e eu pensando no caminhão...
A popularidade do gênero
Bem, se eu já não gostava desses tipos de programas, a partir daquele dia eu passei a odiá-los. E passei a reparar como esse gênero de programa estava se popularizando.
É impressionante a quantidade de televisores que ficam ligados na “telinha” para assistir o “barraco” e torcer pelos seus participantes preferidos. Você pode ouvir os comentários sendo proferidos no ônibus, no metrô, dentro de elevadores, e até nos restaurantes. Palavras, como “eliminados”, “paredão”, “imunidade”, dentre outras, tornaram-se jargões comuns no diálogo do brasileiro.
E elas se multiplicam aos milhares. No canal aberto, a Globo exibe o BBB. Você troca de canal, e aparece “A Fazenda”. Então troca de novo e dá de cara com Solitários, Esquadrão da Moda, e Troca de Família. Quer mais baixaria? Tem o Buzão do Brasil. Sem contar aqueles que já se foram, como Casa dos Artistas, Casa dos Desesperados e No Limite. A tática é sempre a mesma: as pessoas devem sofrer (moral, psicológica e fisicamente) para tentar conquistar o prêmio. Discussões devem ocorrer com frequência, para manter o “nível” de audiência.
Não é a toa que as redes de TVs investem tanto em tipos de programas assim: eles simplesmente acharam a sua galinha dos ovos de ouro, pelo menos por enquanto. Índice de audiência nas alturas, este tipo de programa é o produto mais rentável das emissoras, com custo quinze vezes menor do que sustentar uma produção de telenovela. Só o programa A Fazenda, da TV Record, conquistou aproximadamente 111 milhões de reais!¹
Este tipo de besteirol não é privilégio dos canais abertos, infelizmente. Nas chamadas TVs por assinatura, eles também se multiplicam, como pragas sendo regadas a cada dia: Survivor, I Want a Famous Face, Cast Offs, Hell´s Kitchen e Troca de Tesouras.
Mas afinal, o que é reality show?
Ele foi criado originalmente por John de Mol e Joop van den Ende em 1999, na Holanda, e recebeu o título de "Big Brother". Eles pegaram esse termo do escritor George Orwell, em seu livro 1984, para designar um olho eletrônico que espionava as pessoas com o intuito de manter o domínio de um Estado totalitário sobre tudo e todos.
Trata-se de um confinamento de um grupo de voluntários, dispostos a serem filmados 24h por dia, sempre com a intervenção de um organizador, que também é o apresentador do programa. Durante esse período de confinamento, existem tarefas a serem realizadas e ocorre a eliminação dos participantes. O objetivo é fazer com que apenas uma pessoa consiga vencer, premiando o vencedor com muita fama e dinheiro. Existe ainda a interação com o telespectador, que, como um rei de Roma, elege quem continua participando e quem será eliminado.
O escritor Jean Baudrillard tinha razão, ao escrever em seu livro Big Brother: telemorfose e criação de poeira (Paris: Sens & Tonka, 2002), quando diz:
A razão do sucesso
A professora Marília P. B. Millan, doutora em Psicanálise, explica:
Ecléa Bosi, professora de Psicologia Social na Universidade de São Paulo, reforça:
Além do que, existe mais um ingrediente para a receita de sucesso: o brasileiro gosta de bisbilhotar a vida alheia. Essa foi a resposta dada por 52% das pessoas que participaram no site da revista Veja.⁴
O BBB e você
Mas, e quanto a nós, cristãos? O que devemos fazer com produtos como esses? Será que existe algo de bom que possamos reter? Não deveríamos encarar apenas como simples entretenimento?
Deixemos que a escritora inspirada Ellen G. White nos responda:
E, finalmente, consultemos a Palavra de Deus:
“Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo” (Jo 15:19).
“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte” (Mt 5:14).
“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo” (1Jo 2:16).
“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiai.” (Ef 6:12).Bem, amigos, nós também estamos sendo observados a cada instante: pelos nossos semelhantes, pelos anjos, mundos não caídos e pelo próprio Deus. E como diz Paulo, "Porque tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens" (1Co 4:9).
Não existe nada mais “reality” do que isto.
Por Nei Matsumoto, analista de sistemas da CPB - http://www.cpb.com.br/
(nei.matsumoto@cpb.com.br)
Notas
¹http://veja.abril.com.br/especiais_online/reality-shows/atracao.shtml
² MILLAN, M.P.B. Tempo e Subjetividade no Mundo Contemporâneo - Ressonâncias na Clínica Psicanalítica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.
³ BOSI, E. O Tempo Vivo da Memória. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
⁴http://veja.abril.com.br/noticia/variedades/brasileira-participa-1o-reality-show-exclusivo-web-531445.shtml
Trabalhei numa empresa multinacional, com faturamento anual de 1 bilhão de reais e que empregava 2 mil funcionários apenas no Brasil, e que não foi páreo para um personagem criado há poucos anos pela telinha. Explico. Num belo dia, estava na área de Customer Care (área em que trabalhavam só mulheres), para solicitar a uma usuária chave me disponibilizar algumas informações em caráter de urgência, pois havia um caminhão carregado de nossos produtos “presos” na recepção de um dos chamados Key Accounts (grandes clientes), por inconsistência de informações. De repente, outra garota chegou esbaforida, dizendo: “Gente, adivinha quem está lá embaixo, no prédio? O Alemão!!! Houve um tremendo de um alvoroço. Nunca vi nada igual. Parecia que todo o prédio estava a soçobrar. Correria para todos os lados, gritos, maquiagem e batom de última hora, celulares com disparadores de fotos em punho, e todas correram em direção às duas saídas do 7º andar.
Eu fiquei só, sem entender muito bem o ocorrido. E o caminhão aguardando as tais informações na entrada do centro de distribuição de uma grande rede de hipermercados. Passados intermináveis 20 minutos, elas retornam. O sorriso nos lábios denunciam que algo de bom havia acontecido lá embaixo. “Tiramos fotos do Alemão!”, disseram. E eu pensei: que raio de “Alemão” é esse? Seria o Michael Schumacher? Enquanto tentei identificar o tal personagem, elas trocaram as fotos tiradas pelos celulares, e violando o código de conduta da companhia, transferiram as imagens para seus desktops. Depois, enviaram rapidamente as fotos por e-mail sabe-se lá para quantas pessoas.
Trinta minutos se passaram. E o caminhão continuava aguardando. E não era só isso: Os vendedores tentaram confirmar alguns pedidos emitidos, e outros clientes pediram outras informações. O tempo parou por 30 minutos, uma área inteira parou por meia hora, e o caminhão ficou parado, bem como os vendedores e os clientes. Eu fiquei calculando o tamanho do prejuízo que a empresa estava tendo, só por causa do tal do “Alemão”.
Então eu não me contive: perguntei à garota que me deixou falando sozinho, o que havia acontecido, e ela, pasma, pergunta? Você não o conhece? Não acredito! Você só pode estar brincando! Eu me senti como um ser de outro planeta, que acabara de pousar na Terra. Quando ela me disse que era o principal personagem de um reality show, eu não me segurei: Toda essa revolução só por causa deste cara? Ela simplesmente me ignorou, voltando ao trabalho com um sorriso nos lábios. Elas pensando no Alemão e eu pensando no caminhão...
A popularidade do gênero
Bem, se eu já não gostava desses tipos de programas, a partir daquele dia eu passei a odiá-los. E passei a reparar como esse gênero de programa estava se popularizando.
É impressionante a quantidade de televisores que ficam ligados na “telinha” para assistir o “barraco” e torcer pelos seus participantes preferidos. Você pode ouvir os comentários sendo proferidos no ônibus, no metrô, dentro de elevadores, e até nos restaurantes. Palavras, como “eliminados”, “paredão”, “imunidade”, dentre outras, tornaram-se jargões comuns no diálogo do brasileiro.
E elas se multiplicam aos milhares. No canal aberto, a Globo exibe o BBB. Você troca de canal, e aparece “A Fazenda”. Então troca de novo e dá de cara com Solitários, Esquadrão da Moda, e Troca de Família. Quer mais baixaria? Tem o Buzão do Brasil. Sem contar aqueles que já se foram, como Casa dos Artistas, Casa dos Desesperados e No Limite. A tática é sempre a mesma: as pessoas devem sofrer (moral, psicológica e fisicamente) para tentar conquistar o prêmio. Discussões devem ocorrer com frequência, para manter o “nível” de audiência.
Não é a toa que as redes de TVs investem tanto em tipos de programas assim: eles simplesmente acharam a sua galinha dos ovos de ouro, pelo menos por enquanto. Índice de audiência nas alturas, este tipo de programa é o produto mais rentável das emissoras, com custo quinze vezes menor do que sustentar uma produção de telenovela. Só o programa A Fazenda, da TV Record, conquistou aproximadamente 111 milhões de reais!¹
Este tipo de besteirol não é privilégio dos canais abertos, infelizmente. Nas chamadas TVs por assinatura, eles também se multiplicam, como pragas sendo regadas a cada dia: Survivor, I Want a Famous Face, Cast Offs, Hell´s Kitchen e Troca de Tesouras.
Mas afinal, o que é reality show?
Ele foi criado originalmente por John de Mol e Joop van den Ende em 1999, na Holanda, e recebeu o título de "Big Brother". Eles pegaram esse termo do escritor George Orwell, em seu livro 1984, para designar um olho eletrônico que espionava as pessoas com o intuito de manter o domínio de um Estado totalitário sobre tudo e todos.
Trata-se de um confinamento de um grupo de voluntários, dispostos a serem filmados 24h por dia, sempre com a intervenção de um organizador, que também é o apresentador do programa. Durante esse período de confinamento, existem tarefas a serem realizadas e ocorre a eliminação dos participantes. O objetivo é fazer com que apenas uma pessoa consiga vencer, premiando o vencedor com muita fama e dinheiro. Existe ainda a interação com o telespectador, que, como um rei de Roma, elege quem continua participando e quem será eliminado.
O escritor Jean Baudrillard tinha razão, ao escrever em seu livro Big Brother: telemorfose e criação de poeira (Paris: Sens & Tonka, 2002), quando diz:
“O século XX presenciou toda a sorte de crimes: Auschwitz, Hiroshima e genocídios, mas o único e verdadeiro crime perfeito foi a queda do homem na banalidade, violência mortífera, que, justamente pela indiferença e pela monotonia, é a forma mais sutil de exterminação. Vivemos hoje numa sociedade que mistura todos em um imenso ser indivisível, em total promiscuidade. Em alguma parte, estamos de luto por essa realidade nua, essa existência residual, essa desilusão total. Há, nessa história do Big Brother, alguma coisa de um luto coletivo, mas que faz parte da solidariedade que une os criminosos que somos todos – os assassinos desse crime perpetrado contra a vida real e de cuja confissão nos esvaziamos na tela, que, de qualquer forma, nos serve de confessionário [o confessionário é um dos lugares do Big Brother]. Aí reside a nossa verdadeira corrupção, a corrupção mental, no consumo desse luto e dessa decepção, fonte de gozo contrariado. De qualquer maneira, entretanto, a desautorização dessa palhaçada experimental transparecia no tédio mortal que disseminava.”
A razão do sucesso
A professora Marília P. B. Millan, doutora em Psicanálise, explica:
“A aceleração de giro na produção e no consumo vem influenciando a forma de pensar e agir do indivíduo. Como consequência, presenciamos a crescente volatilidade e efemeridade de modas, produtos, ideias, valores e práticas sociais. O instantâneo e o descartável permeiam nossa experiência, desde os utensílios que empregamos no dia a dia até nossa maneira de pensar, viver e nos relacionar.”²
Ecléa Bosi, professora de Psicologia Social na Universidade de São Paulo, reforça:
“Vivemos hoje a alienação decorrente de um sistema econômico que incita ao consumo constante de objetos cada vez mais descartáveis, estabelece relações rápidas e descontínuas, e torna-se ‘embotadora da cognição, da simples observação do mundo, do conhecimento do outro’".³
Além do que, existe mais um ingrediente para a receita de sucesso: o brasileiro gosta de bisbilhotar a vida alheia. Essa foi a resposta dada por 52% das pessoas que participaram no site da revista Veja.⁴
O BBB e você
Mas, e quanto a nós, cristãos? O que devemos fazer com produtos como esses? Será que existe algo de bom que possamos reter? Não deveríamos encarar apenas como simples entretenimento?
Deixemos que a escritora inspirada Ellen G. White nos responda:
“É lei, tanto da natureza intelectual como da espiritual, que, pela contemplação, nos transformamos. O espírito gradualmente se adapta aos assuntos com os quais lhe é permitido ocupar-se. Identifica-se com aquilo que está acostumado a amar e reverenciar” (O Grande Conflito, pág. 555).
E, finalmente, consultemos a Palavra de Deus:
“Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo” (Jo 15:19).
“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte” (Mt 5:14).
“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo” (1Jo 2:16).
“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiai.” (Ef 6:12).Bem, amigos, nós também estamos sendo observados a cada instante: pelos nossos semelhantes, pelos anjos, mundos não caídos e pelo próprio Deus. E como diz Paulo, "Porque tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens" (1Co 4:9).
Não existe nada mais “reality” do que isto.
Por Nei Matsumoto, analista de sistemas da CPB - http://www.cpb.com.br/
(nei.matsumoto@cpb.com.br)
Notas
¹http://veja.abril.com.br/especiais_online/reality-shows/atracao.shtml
² MILLAN, M.P.B. Tempo e Subjetividade no Mundo Contemporâneo - Ressonâncias na Clínica Psicanalítica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.
³ BOSI, E. O Tempo Vivo da Memória. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
⁴http://veja.abril.com.br/noticia/variedades/brasileira-participa-1o-reality-show-exclusivo-web-531445.shtml
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Vida sem valor
O assassinato de seis pessoas em um supermercado dos Estados Unidos, no oitavo dia do ano de 2011, é sintoma e não causa.
Já sentiu dor de cabeça e, depois de um tempo, tomou um copo d´água ou mesmo repousou por um tempo e a dor diminuiu ou até cessou? Pois é. A dor de cabeça, muitas vezes, é apenas o sintoma de algo que precisa ser sanado para que pare. Esse tipo de crime, que já teve na história norte-americana vários paralelos, revelou como uma das vítimas uma criança de apenas nove anos de idade. E o atirador suspeito, segundo a Polícia, possui 22 anos de idade. Sim, estou falando de gente com nove e 22 anos de idade. Nem chegaram a três décadas de vida e estão mortos.
E se você se sente motivado a criticar os Estados Unidos por causa disso e simplesmente considerar que se trata de algo pontual, acompanhe primeiro alguns recentes números no Brasil. Há poucos dias, um relatório da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla) mostrou que o índice de assassinatos no país é alto. Dizem os dados que, entre 1996 e 2006, o número de assassinatos no Brasil, cresceu mais que a população. Os homicídios tiveram aumento de 20%, enquanto o crescimento populacional foi de 16,3%. O Rio de Janeiro é a cidade brasileira com maior número absoluto de assassinatos de jovens entre 15 a 24 anos, segundo o Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros.
Retomando a minha primeira afirmação, relembro que, por trás desses números, há uma causa. As mortes infelizmente são apenas o sintoma de um problema maior. E o fato de envolverem, cada vez mais, jovens, é mais sintomático ainda. Por que as pessoas estão se matando mais, de forma mais cruel, e tão cedo?
Há várias explicações sociológicas para tudo isso e são válidas, mas eu ainda penso que a raiz é mais profunda. No Brasil, conforme esta mesma Rede, a maioria das mortes de jovens eram atribuídas, em 2008, a acidentes de trânsito e uso de armas de fogo. Está aí um conjunto de respostas plausível: imprudência ao dirigir, embriaguez, uso de drogas, facilidade para adquirir armas ilegalmente, etc. Essas razões provavelmente são as mesmas ainda. Mas pode haver algo mais profundo do que isso? Eu entendo que sim!
Raiz profunda
Talvez a raiz que apresente esses lamentáveis sintomas, se buscada com honestidade, evidencie que a vida não tem muito mais valor para grande parte dos jovens. A vida passou a ser desperdiçada em um veículo em alta velocidade conduzido por um cidadão com menos de 20 anos bêbado ou drogado ou, então, em uma troca de tiros por causa de dívidas associadas ao tráfico de cocaína, crack, maconha, ecstasy, ou seja, qual for a porcaria química pela qual se mate hoje. O cerne da questão está na atribuição de valor à vida. Se ela não tem muita importância, qual o problema em perdê-la ou tirá-la repentinamente? O raciocínio é autodestrutivo, mas acontece. Questiono a eficácia completa de amplas campanhas sobre consciência no trânsito ou mesmo a erradicação de armas de fogo. Não estou dizendo que não devam ser realizadas e nem apoiadas pela população, mas seu êxito é questionável.
A vida perde o valor para um jovem, adulto ou idoso por alguns motivos. Se tomarmos os escritos de quaisquer filósofos antigos ou modernos, todos dirão, de uma maneira ou outra, que a vida precisa ter algum sentido para ser relevante. O problema é que alguns sentidos dados à vida humana se dissipam rapidamente.
O que dá valor à vida
Faltam exemplos dignos para os jovens seguirem hoje. Os ídolos populares do presente são, na maioria das vezes, os desajustados, desequilibrados, violentos, indecentes, imorais e irresponsáveis. Na versão bíblica Almeida Revista e Atualizada, o apóstolo Paulo, na carta ao jovem pastor Tito, capítulo 2 e versículo 7, aconselha que “torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras”. O que age corretamente precisa voltar a ser referência para quem é jovem e precisa tomar decisões importantes.
Falta comprometimento com algo maior em nossos dias. A vida começa a perder o valor quando tudo é considerado irrelevante, descartável, fugaz. É comum ver gente que chega a um escritório, em busca de emprego, dizendo que vai se empenhar totalmente na nova atividade. Na primeira semana, começam as reclamações sobre o salário, as condições de trabalho, o humor do chefe, a temperatura, a distância, etc, até que pede demissão. O comprometimento espiritual, diante de Deus, é fundamental para uma vida com sentido. Jesus destacou essa necessidade de conexão com Ele constantemente, conforme o evangelho de João, capítulo 15, versículo 5, onde Ele ensina que “eu sou a videira, vocês são os ramos. Se alguém permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto, sem mim, nada podeis fazer”. O verbo permanecer precisa voltar a ser usado.
Finalmente, falta esperança para que jovens ou pessoas em outras faixas etárias entendam que sua vida vale muito mais do que pensam. Se considerarmos que tudo o que se pode obter, como seres humanos, é somente aqui e agora, então a vida pode perder rapidamente a importância. Há dois textos bíblicos que se completam sobre isso e merecem servir de reflexão. Na carta aos romanos, capítulo 8 e verso 25, o apóstolo Paulo deixou registrado que “mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos”. E, na primeira carta aos coríntios, no capítulo 15 onde ele descreve acerca da ressurreição, o verso 19 é verdadeiramente alentador e diz que “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens”.
Este mundo, em si, não oferece esperança, mas o mundo vindouro, espiritual, prometido por Jesus Cristo e demonstrado na prática quando aqui viveu, é algo mais real do que se pode imaginar. Funciona, muito bem, como um antídoto ao mal que mata tanta gente no mundo: a vida sem sentido.
Felipe Lemos, jornalista (http://www.felipelemos.com/) - @felipelemos29
Já sentiu dor de cabeça e, depois de um tempo, tomou um copo d´água ou mesmo repousou por um tempo e a dor diminuiu ou até cessou? Pois é. A dor de cabeça, muitas vezes, é apenas o sintoma de algo que precisa ser sanado para que pare. Esse tipo de crime, que já teve na história norte-americana vários paralelos, revelou como uma das vítimas uma criança de apenas nove anos de idade. E o atirador suspeito, segundo a Polícia, possui 22 anos de idade. Sim, estou falando de gente com nove e 22 anos de idade. Nem chegaram a três décadas de vida e estão mortos.
E se você se sente motivado a criticar os Estados Unidos por causa disso e simplesmente considerar que se trata de algo pontual, acompanhe primeiro alguns recentes números no Brasil. Há poucos dias, um relatório da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla) mostrou que o índice de assassinatos no país é alto. Dizem os dados que, entre 1996 e 2006, o número de assassinatos no Brasil, cresceu mais que a população. Os homicídios tiveram aumento de 20%, enquanto o crescimento populacional foi de 16,3%. O Rio de Janeiro é a cidade brasileira com maior número absoluto de assassinatos de jovens entre 15 a 24 anos, segundo o Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros.
Retomando a minha primeira afirmação, relembro que, por trás desses números, há uma causa. As mortes infelizmente são apenas o sintoma de um problema maior. E o fato de envolverem, cada vez mais, jovens, é mais sintomático ainda. Por que as pessoas estão se matando mais, de forma mais cruel, e tão cedo?
Há várias explicações sociológicas para tudo isso e são válidas, mas eu ainda penso que a raiz é mais profunda. No Brasil, conforme esta mesma Rede, a maioria das mortes de jovens eram atribuídas, em 2008, a acidentes de trânsito e uso de armas de fogo. Está aí um conjunto de respostas plausível: imprudência ao dirigir, embriaguez, uso de drogas, facilidade para adquirir armas ilegalmente, etc. Essas razões provavelmente são as mesmas ainda. Mas pode haver algo mais profundo do que isso? Eu entendo que sim!
Raiz profunda
Talvez a raiz que apresente esses lamentáveis sintomas, se buscada com honestidade, evidencie que a vida não tem muito mais valor para grande parte dos jovens. A vida passou a ser desperdiçada em um veículo em alta velocidade conduzido por um cidadão com menos de 20 anos bêbado ou drogado ou, então, em uma troca de tiros por causa de dívidas associadas ao tráfico de cocaína, crack, maconha, ecstasy, ou seja, qual for a porcaria química pela qual se mate hoje. O cerne da questão está na atribuição de valor à vida. Se ela não tem muita importância, qual o problema em perdê-la ou tirá-la repentinamente? O raciocínio é autodestrutivo, mas acontece. Questiono a eficácia completa de amplas campanhas sobre consciência no trânsito ou mesmo a erradicação de armas de fogo. Não estou dizendo que não devam ser realizadas e nem apoiadas pela população, mas seu êxito é questionável.
A vida perde o valor para um jovem, adulto ou idoso por alguns motivos. Se tomarmos os escritos de quaisquer filósofos antigos ou modernos, todos dirão, de uma maneira ou outra, que a vida precisa ter algum sentido para ser relevante. O problema é que alguns sentidos dados à vida humana se dissipam rapidamente.
O que dá valor à vida
Faltam exemplos dignos para os jovens seguirem hoje. Os ídolos populares do presente são, na maioria das vezes, os desajustados, desequilibrados, violentos, indecentes, imorais e irresponsáveis. Na versão bíblica Almeida Revista e Atualizada, o apóstolo Paulo, na carta ao jovem pastor Tito, capítulo 2 e versículo 7, aconselha que “torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras”. O que age corretamente precisa voltar a ser referência para quem é jovem e precisa tomar decisões importantes.
Falta comprometimento com algo maior em nossos dias. A vida começa a perder o valor quando tudo é considerado irrelevante, descartável, fugaz. É comum ver gente que chega a um escritório, em busca de emprego, dizendo que vai se empenhar totalmente na nova atividade. Na primeira semana, começam as reclamações sobre o salário, as condições de trabalho, o humor do chefe, a temperatura, a distância, etc, até que pede demissão. O comprometimento espiritual, diante de Deus, é fundamental para uma vida com sentido. Jesus destacou essa necessidade de conexão com Ele constantemente, conforme o evangelho de João, capítulo 15, versículo 5, onde Ele ensina que “eu sou a videira, vocês são os ramos. Se alguém permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto, sem mim, nada podeis fazer”. O verbo permanecer precisa voltar a ser usado.
Finalmente, falta esperança para que jovens ou pessoas em outras faixas etárias entendam que sua vida vale muito mais do que pensam. Se considerarmos que tudo o que se pode obter, como seres humanos, é somente aqui e agora, então a vida pode perder rapidamente a importância. Há dois textos bíblicos que se completam sobre isso e merecem servir de reflexão. Na carta aos romanos, capítulo 8 e verso 25, o apóstolo Paulo deixou registrado que “mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos”. E, na primeira carta aos coríntios, no capítulo 15 onde ele descreve acerca da ressurreição, o verso 19 é verdadeiramente alentador e diz que “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens”.
Este mundo, em si, não oferece esperança, mas o mundo vindouro, espiritual, prometido por Jesus Cristo e demonstrado na prática quando aqui viveu, é algo mais real do que se pode imaginar. Funciona, muito bem, como um antídoto ao mal que mata tanta gente no mundo: a vida sem sentido.
Felipe Lemos, jornalista (http://www.felipelemos.com/) - @felipelemos29
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Tuitaços: como tudo começou
Em 2010, os tuiteiros adventistas conseguiram tornar algumas hastags religiosas as mais comentadas do microblog. Saiba como a ideia nasceu
Ele tem nome de cantor adventista, mas a praia dele é a área de novas tecnologias. Robson Fonseca (@robsonfonck), 21 anos, é aluno de Jornalismo do Unasp. Nascido em lar adventista, Robson coordena a equipe de produção do blog A+ (www.unasp-ec.edu.br/amais) e das redes sociais do Unasp (@unaspec). Porém, nunca tinha usado a internet para falar sobre sua fé, até pensar em divulgar a hastag #setimodia, fazendo alusão a crença da guarda do sábado. Depois dessa mobilização, pelo menos mais três tuitaços com temas doutrinários aconteceram em 2010: volta de Jesus, mortalidade da alma e a esperança da ressurreição (Dia de Finados), e a existência de Deus. Que venham os tuitaços de 2011!
Conexão JA: Como e quando surgiu a ideia do tuitaço?
Robson: A ideia surgiu há algum tempo, mas sem muita pretensão. É comum, durante os sábados, os adventistas usuários do Twitter escreverem mensagens com a hastag #SetimoDia. Então, num fim de semana antes do tuitaço, propus aos seguidores do perfil @UNASPec fazer uma mobilização para colocar a hastag #SetimoDia entre os assuntos mais comentados. Como muitas pessoas aderiram à ideia, marcamos o tuitaço para a semana seguinte, dias 6 (sexta) e 7 de agosto (sábado). Assim, durante uma semana, divulgamos no Twitter a ação e muitos se empolgaram bastante com a ideia.
Conexão JA: Qual foi o resultado?
Robson: Pelo que sei, aquela foi a primeira vez que jovens adventistas se mobilizaram para fazer uma ação de evangelismo em massa pela internet. E deu super certo. Só naquele tuitaço, conseguimos a participação de mais de 1.200 usuários que enviaram mais de 24 mil mensagens. Esses jovens se sentiram motivados a falar sobre o que acreditam e mais ainda, sentiram orgulhoso de ser adventista do sétimo dia.
Conexão JA: Que possibilidades evangelísticas você enxerga na internet, especialmente no Twitter?
Robson: A internet possui uma grande vantagem que é a de atingir milhares de pessoas sem que elas saiam de suas casas. Ela vai a lugares onde nem podemos imaginar. Ou seja, é uma ferramenta que temos nas mãos para fazer uso como quisermos, basta querer. Ainda mais o Twitter, que é a rede social do momento, em que temos acesso fácil a muitas pessoas. Por exemplo, durante o tuitaço, muitos enviaram mensagens sobre o sábado para pessoas famosas, algo que seria impossível de se ser fazer pessoalmente. Além disso, o Twitter tem o poder de espalhar conteúdo de uma forma muito fácil e rápida. Se uma pessoa escreve uma mensagem para ser lida pelos seus meros 100 seguidores, essa pode ser retransmitida (RT) por um deles para os seus respectivos seguidores, e assim vai. Dessa forma, se cria um efeito em cadeia, atingindo um número incalculável de pessoas.
Conexão JA: Que dicas você daria para o bom uso dessa ferramenta?
Robson: O Twitter é uma rede de conteúdo. Sendo assim, as pessoas se conectam pelo conteúdo que as outras podem lhe oferecer. E é isso que faz com que os usuários sigam uns aos outros. Logo, quem te segue, já está interessado no que você tem a dizer. Por isso, essa é uma grande oportunidade de falar sobre as coisas que você acredita. Enquanto milhares de pessoas estão comentando sobre artistas, programas de televisão, políticos e outras coisas, os jovens adventistas podem fazer a diferença e escrever mensagens de esperança.
Conexão JA: Que tipo de feedback vocês do Unasp receberam do tuitaço?
Robson: Quem participou se sentiu muito realizado em fazer parte de uma ação inovadora como essa. Algumas instituições da igreja apoiaram o projeto e também nos parabenizaram pela ideia. Durante o tuitaço, diversas pessoas manifestaram dúvidas sobre o sábado e se mostraram interessadas sobre o assunto. Pude responder algumas questões para os usuários. Além disso, vários usuários acessaram o site http://www.sabado.org/ e leram materiais sobre o tema. O real resultado da campanha talvez nunca saberemos agora, apenas na eternidade. E isso só nos motiva a procurar sempre fazer coisas novas e buscar formas diferentes de falar sobre o amor de Deus.
Ele tem nome de cantor adventista, mas a praia dele é a área de novas tecnologias. Robson Fonseca (@robsonfonck), 21 anos, é aluno de Jornalismo do Unasp. Nascido em lar adventista, Robson coordena a equipe de produção do blog A+ (www.unasp-ec.edu.br/amais) e das redes sociais do Unasp (@unaspec). Porém, nunca tinha usado a internet para falar sobre sua fé, até pensar em divulgar a hastag #setimodia, fazendo alusão a crença da guarda do sábado. Depois dessa mobilização, pelo menos mais três tuitaços com temas doutrinários aconteceram em 2010: volta de Jesus, mortalidade da alma e a esperança da ressurreição (Dia de Finados), e a existência de Deus. Que venham os tuitaços de 2011!
Conexão JA: Como e quando surgiu a ideia do tuitaço?
Robson: A ideia surgiu há algum tempo, mas sem muita pretensão. É comum, durante os sábados, os adventistas usuários do Twitter escreverem mensagens com a hastag #SetimoDia. Então, num fim de semana antes do tuitaço, propus aos seguidores do perfil @UNASPec fazer uma mobilização para colocar a hastag #SetimoDia entre os assuntos mais comentados. Como muitas pessoas aderiram à ideia, marcamos o tuitaço para a semana seguinte, dias 6 (sexta) e 7 de agosto (sábado). Assim, durante uma semana, divulgamos no Twitter a ação e muitos se empolgaram bastante com a ideia.
Conexão JA: Qual foi o resultado?
Robson: Pelo que sei, aquela foi a primeira vez que jovens adventistas se mobilizaram para fazer uma ação de evangelismo em massa pela internet. E deu super certo. Só naquele tuitaço, conseguimos a participação de mais de 1.200 usuários que enviaram mais de 24 mil mensagens. Esses jovens se sentiram motivados a falar sobre o que acreditam e mais ainda, sentiram orgulhoso de ser adventista do sétimo dia.
Conexão JA: Que possibilidades evangelísticas você enxerga na internet, especialmente no Twitter?
Robson: A internet possui uma grande vantagem que é a de atingir milhares de pessoas sem que elas saiam de suas casas. Ela vai a lugares onde nem podemos imaginar. Ou seja, é uma ferramenta que temos nas mãos para fazer uso como quisermos, basta querer. Ainda mais o Twitter, que é a rede social do momento, em que temos acesso fácil a muitas pessoas. Por exemplo, durante o tuitaço, muitos enviaram mensagens sobre o sábado para pessoas famosas, algo que seria impossível de se ser fazer pessoalmente. Além disso, o Twitter tem o poder de espalhar conteúdo de uma forma muito fácil e rápida. Se uma pessoa escreve uma mensagem para ser lida pelos seus meros 100 seguidores, essa pode ser retransmitida (RT) por um deles para os seus respectivos seguidores, e assim vai. Dessa forma, se cria um efeito em cadeia, atingindo um número incalculável de pessoas.
Conexão JA: Que dicas você daria para o bom uso dessa ferramenta?
Robson: O Twitter é uma rede de conteúdo. Sendo assim, as pessoas se conectam pelo conteúdo que as outras podem lhe oferecer. E é isso que faz com que os usuários sigam uns aos outros. Logo, quem te segue, já está interessado no que você tem a dizer. Por isso, essa é uma grande oportunidade de falar sobre as coisas que você acredita. Enquanto milhares de pessoas estão comentando sobre artistas, programas de televisão, políticos e outras coisas, os jovens adventistas podem fazer a diferença e escrever mensagens de esperança.
Conexão JA: Que tipo de feedback vocês do Unasp receberam do tuitaço?
Robson: Quem participou se sentiu muito realizado em fazer parte de uma ação inovadora como essa. Algumas instituições da igreja apoiaram o projeto e também nos parabenizaram pela ideia. Durante o tuitaço, diversas pessoas manifestaram dúvidas sobre o sábado e se mostraram interessadas sobre o assunto. Pude responder algumas questões para os usuários. Além disso, vários usuários acessaram o site http://www.sabado.org/ e leram materiais sobre o tema. O real resultado da campanha talvez nunca saberemos agora, apenas na eternidade. E isso só nos motiva a procurar sempre fazer coisas novas e buscar formas diferentes de falar sobre o amor de Deus.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Sobre a Rocha
O homem cria deuses sob a pele de mortais. Um dia, os endeusados morrem e um silêncio paira sobre a farsa, sem que as cortinas se fechem. Novas plateias haverão de criar novos astros, se esquecendo de que nem mesmo as estrelas durarão para sempre
O diário de uma louca (2005) é um dos filmes mais bonitos que já assisti. A produção, dirigida por Darren Grant, conta a história de uma mulher que, após 18 anos de casamento, é expulsa de casa pelo marido e tenta reconstruir sua vida ao lado das pessoas que realmente a amam.
O filme aborda temas importantes do cristianismo, como o perdão e o amor. Porém, o que mais chamou minha atenção foi como damos importância às coisas terrenas. Uma das cenas mais bonitas mostrou Hellen, a personagem principal, chorando triste ao lado da mãe, após dizer que havia dedicado toda a vida ao homem que a havia desprezado. A mãe, por sua vez, responde de uma forma que nos faz pensar na seguinte questão: “Tenho amado a Deus sobre todas as coisas e de todo o meu coração, como Jesus pediu?”
Quando assisti a essa conversa, me dei conta do quão importante é colocar o Pai eterno em primeiro lugar. Até imaginei o olhar de Cristo quando Ele escuta casais apaixonados dizerem, ao som de músicas românticas, coisas do tipo “Você é meu tudo!”, “Você é a razão da minha vida!”, “Não sei viver sem você!”. Logo, me veio à mente, a imagem de um Deus cabisbaixo, se perguntando: “Mas, e eu?”.
Pensando em algumas ações e suas conseqüências, me dei conta de que Deus sabe que a dedicação do homem a qualquer ser que não seja Ele, resulta em sofrimento para a humanidade. O seu emprego pode não ser mais seu amanhã. A sua namorada pode te deixar a qualquer momento. O seu namorado pode te trair com a sua irmã. O seu melhor amigo pode se casar e não te dar mais tanta atenção como antes. Mas, seu Deus sempre estará ao seu lado e de braços abertos para você.
A dupla sertaneja, um dia, cai no anonimato. A banda do momento, um dia, sai de moda. O rosto pop impresso nas camisetas, um dia, se torna “clichê” demais. E o que você fará para preencher tanto vazio se tiver colocado essas coisas em primeiro plano? É por isso que Deus pede para você se entregar a Ele, e que isso não seja visto como algo humilhante. Deus não nos pede dedicação como sinal de arrogância ou posse, mas de amor. Ele deseja que construamos nossa casa sobre a Rocha firme, sobre algo que jamais caia, sobre um amor que não tem fim.
Hellen alicerçou sua vida no amor que sentia pelo marido. O marido a deixou e, assim, sua vida desabou. Só então ela percebeu quão inconstantes podem ser as expectativas temporais. Isso tudo me fez lembrar da história de Jó. Satanás tirou dele todos os bens, seus filhos e até mesmo sua saúde. Imaginem se a esperança daquele homem estivesse baseada em algum destes elementos terrenos! Ele não suportaria as provações do mal. A casa de Jó desabaria em pouco tempo. Mas, ele estava ao lado de um Deus soberano e o amor Dele era a base de sua vida, por isso, Jó foi forte para superar até seus limites.
Se sua casa estiver sobre Rocha (At 4:11), os bandidos poderão entrar, arrancar suas janelas e quebrar suas telhas, mas sua morada não cairá. Quanta segurança, não é mesmo? Deus deseja nos dar Seu amor infinito, por que, às vezes, nos contentamos com tão pouco?
Por Lívia da Silva Inácio, leitora da Conexão JA, estudante de jornalismo e editora do blog http://www.letrinhasdispersas.blogspot.com/
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Daniel, Babilônia e a arqueologia
As relações obscuras entre os cativos judeus na corte babilônica nem sempre são compreendidas. Diante disso, alguns mitos se formaram em torno da vida do profeta bíblico Daniel e seus companheiros. Sob o ponto de vista da arqueologia, o doutor Rodrigo Silva, professor do Unasp e pesquisador, analisa as entrelinhas desse período de transição na história de Judá, em entrevista concedida ao jornalista e professor Ruben Holdorf.
Conexão JA: Apenas Daniel, Hananias, Misael e Azarias chegaram à condição de servidores "judeus" no palácio de Nabucodonosor ou eles se destacaram, diante de outros cativos, pela fidelidade ímpar?
Rodrigo Silva: Eu particularmente creio que houve outros judeus. Veja, Nabucodonosor invadiu três vezes Jerusalém. Na primeira, em 605 a.C. (na qual foram levados alguns jovens judeus para a Babilônia, talvez outros além de Daniel e seus companheiros, jovens escolhidos a dedo), ele levou os objetos do templo. Na segunda, ele voltou irado porque Jeoaquim havia se aliado ao Egito. Isso foi em 597 a.C. Nessa oportunidade, ele levou outros utensílios do templo e cerca de dez mil cativos – não só jovens, escolhidos a dedo como na primeira leva – mas gente o trabalho escravo. Na terceira, em 586 a.C., ele destruiu a cidade e o templo. Por isso, creio que o destaque de Daniel e de seus amigos se deu por causa da fidelidade deles.Conexão JA: Qual era o parâmetro de ciência exigido por Nabucodonosor diante da erudição de Daniel e de seus amigos? Em que fontes eles se abasteciam?
Rodrigo: Nas escolas da Caldeia se ensinava literatura babilônica, o que exigia dos alunos que aprendessem acadiano (língua local) e aramaico (língua da diplomacia internacional). Eles também tinham de aprender técnicas de magia (daí a presença dos magos). O termo “caldeu”, quando usado de maneira técnica, se refere ao decifrador de mapas astronômicos, tanto para fins de astronomia, quanto para fins de previsão astrológica. Então, tinham que estudar isso também.
Conexão JA: No fim dos 70 anos de cativeiro na Babilônia, por que Daniel não voltou para Jerusalém com os cativos?
Rodrigo: Tudo indica que ele permaneceu no reino de Dario. Talvez por conta própria ou por estar muito velho. Seus parentes já estavam mortos. Ele não os conhecia mais. Não havia laços de parentesco fora da Babilônia. Era mais seguro para um velho como ele ficar ali.
Conexão JA: Apesar da notória fama de Daniel e da superioridade em sabedoria, os magos e encantadores se apresentaram primeiro diante de Nabucodonosor para tentar desvendar seu sonho. Teriam eles omitido o caso a Daniel e seus amigos com a intenção de conseguir o favor do rei?
Rodrigo: É que Daniel ainda não era, nessa época, do grupo de elite dos magos ou astrônomos do rei. Era um aprendiz. Como um brilhante aluno de Jornalismo que ainda não faz parte da chefia de um jornal, mas que por erros dos "mais experientes" acaba “pagando o pato”, como se o governo - devido a algum problema com jornalistas formados – aprovasse um decreto que negasse a todo jornalista o direito de regulamentação da profissão. Foi o que aconteceu com Daniel.
Conexão JA: Se o rei conhecia as diferenças entre Daniel, seus amigos e os caldeus, por que insistiu com eles na possibilidade de interpretação do sonho e por que decretou a morte de todos, inclusive dos judeus?
Rodrigo: Soberanos têm memória curta para certas coisas. Daniel, a princípio, foi só um jovem inteligente, nada mais que isso. O Sílvio Santos pode ficar impressionado com a inteligência de um aluno de Jornalismo que conseguiu entrevistá-lo rapidamente para um trabalho de faculdade. Mas isso não garante que se lembrará dele daqui a dois anos. Foi apenas uma entrevista de poucos minutos. Não ficou na memória de um homem que lida com gente diferente todos os dias.
Conexão JA: O fato de eles estruturarem as primeiras casas bancárias auxiliou na mudança de visão por parte dos babilônios e outros povos? A permanência de muitos na Babilônia depois de cumpridos os 70 anos de cativeiro, inclusive de Daniel, reforça a tese de que a situação se reverteu em favor dos judeus?
Rodrigo: Sim, a situação se reverteu com o tempo. Os judeus se destacaram com o comércio. Como, aliás, aconteceu também quando foram para a Europa, e mesmo depois do holocausto nazista. Prova disso, é que Nova York é quase toda deles. Não estou seguro de que os judeus fundaram os primeiros bancos. Já ouvi isso, mas nunca encontrei uma sólida confirmação histórica ou arqueológica. Ademais, a moeda foi inventada pelos gregos no oitavo ou sétimo século antes de Cristo. Logo, não sei se nessa época o uso de moedas era corrente em Babilônia.
Conexão JA: Em casos de invasão relatados nos anais da História, os dominadores buscavam eliminar seus oponentes, principalmente as lideranças. Como explicar a permanência de Daniel em uma corte invasora e ainda exercendo uma relevante função?
Rodrigo: Nem sempre os dominadores matavam as lideranças. Jeoaquim foi mantido por Nabucodonosor com uma pensão vitalícia. Ademais, Daniel era de sangue real, mas não era para ser "rei" de Judá. Era um jovem inteligente e esses eram aproveitados. No Egito, temos relatos de que não-egípcios trabalharam como funcionários de alto escalão de faraó.
Conexão JA: Daniel mudou seu regime alimentar com o passar do tempo? Como explicar as diferenças entre sua decisão de não se contaminar com as iguarias reais, expressa no capítulo 1, o verso 3 do capítulo 10 e as obrigações rituais da religião naquilo que se refere ao uso da carne? Este verso se concilia com os versos 5 e 6 do capítulo 9, ou se trata de uma informação advinda de outro contexto?
Rodrigo: Não creio, para começo, que Daniel fosse vegetariano. Ele não comeu da carne do rei por uma questão ritual. No hebraico, existem verbos que só admitem Deus como sujeito. Nós não temos isso em português. Por exemplo, o verbo bará (criar) só admite Deus como sujeito e mais ninguém. De igual modo, o verbo wayeman (determinou-lhes) também não admite outro sujeito senão Deus, mas aqui ele aparece tendo, estranhamente, o rei como sujeito. "E determinou-lhes Nabucodonosor" a comida. Ora, no Éden foi Deus quem determinou o que o homem ia comer. Por isso, Daniel repete o cardápio do Éden, para mostrar que não se submeteria às exigências do rei.
Por Ruben Holdorf, jornalista e professor de Comunicação Social no Unasp, campus Engenheiro Coelho, SP (dargan_holdorf@hotmail.com)
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Pescar com a rede
Líder dos jovens adventistas sul-americanos fala sobre as ênfases do seu ministério para 2011. O uso evangelístico da internet e ações específicas para os universitários são algumas prioridades
Paranaense da cidade de Castro, o pastor Areli Barbosa tem 46 anos e há 14 anos atua como líder de jovens. Em julho do ano passado, em Atlanta, Estados Unidos, ele foi eleito para liderar o ministério jovem em nível sul-americano. É casado com a professora Joci com quem tem duas filhas: Raissa (17) e Milena (15). Nesta entrevista, o pastor Areli explica que ênfase pretende dar ao ministério jovem em 2011 e nos próximos cinco anos. O plano é valorizar o evangelismo pela internet, as mídias da igreja voltadas para os jovens e também dar suporte aos universitários.
Conexão JA: Por que optou trabalhar no ministério jovem?
Areli: Quando estava em Minas Gerais, em 1997, fui nomeado diretor do ministério jovem. Neste momento, entendi que a Igreja queria que eu dedicasse mais tempo para o trabalho com a juventude. O pastor não deve escolher no que irá trabalhar, mas colocar a vida nas mãos de Deus e fazer o que a Igreja pede. Esta é uma das leis dos desbravadores: “ir aonde Deus mandar”. Sinto-me um homem privilegiado e quero me colocar nas mãos de Deus para ser útil.
Conexão JA: Hoje, trabalhar com internet com os jovens é um caminho sem volta?
Areli: A internet é uma ferramenta fantástica e se bem direcionada pode ser uma bênção. Ao realizar os dois congressos de evangelismo online pela web, tinha dois objetivos: levar a juventude a santificar as horas do sábado, mesmo usando a internet (os congressos foram realizados na sexta à noite) e desafiar a juventude a pregar pela web. Ao realizar os eventos, pude descobrir algumas coisas:
(1) A ação pela internet dá um retorno muito rápido. Tivemos casos na programação em que jovens mandaram um folheto missionário virtual e o amigo internauta que recebeu, respondeu agradecido logo em seguida;
(2) A juventude se envolveu acima do esperado. Isso mostra que eles querem que a igreja assuma a responsabilidade de liderar os projetos que eles irão seguir;
(3) Alcançamos nestes dois eventos mais de 100 mil pessoas de forma direta e indireta, em 28 países;
(4) Há um potencial na internet que deve ser explorado, por não ter a barreira do país ou da etnia. A rede alcança a todos;
(5) A ação na internet pode ser duradoura, como o site http://www.esperancaweb.org.br/, que é atualizado constantemente.
Com certeza, a internet bem direcionada é um caminho sem volta, e nos próximos anos estaremos envolvendo com mais intensidade a juventude no uso da rede para pregar o evangelho.
Conexão JA: De que maneira você pretende apoiar as publicações e programas de rádio e de TV voltados para os jovens?
Areli: A igreja tem hoje o grande privilégio de ter uma rede de televisão e rádio. Temos visto como nosso sistema de comunicação tem se tornado de alta qualidade mesmo com os desafios financeiros. A TV Novo Tempo (http://www.novotempo.org.br/) tem uma programação que não precisa de censura, porque é livre para todos os públicos. Isto também nos ensina que o que é próprio para assistir, é aquilo que pode reunir toda a família. Outro ponto importante é a literatura. O que ler? A Casa Publicadora Brasileira (http://www.cpb.com.br/) tem lançado materiais de muita qualidade. E creio que a juventude deveria explorar mais esses materiais. Li recentemente o livro Ainda que caiam os céus, uma história inspiradora de fé de um pastor que viveu na Rússia no auge do regime comunista. Mas a juventude não pode se esquecer do seu periódico: a Conexão JA. Eu participei do nascimento dessa revista. Ela supriu uma lacuna deixada pelo fim da revista Mocidade. O objetivo da Igreja para esta revista é que ela apóie o jovem adventista pré-universitário e universitário a viver as doutrinas e princípios.
Conexão JA: Para este ano, está prevista uma ênfase especial nos universitários adventistas. O que você pensa fazer em favor desse segmento emergente no Brasil?
Areli: Teremos um concurso bíblico voltado para os universitários e a final será na Universidade Adventista do Peru. O concurso Bom de Bíblia tem como principal objetivo levar a igreja a ler mais a Palavra de Deus. A Bíblia deve fazer parte da rotina das pessoas porque ela é a voz de Deus a nos orientar, em especial os jovens. Dos 17 aos 24 anos, os jovens, em geral, tomam as duas decisões mais importantes da vida: que profissão segui e com quem vai se casar. Nesta hora, a Bíblia é “lâmpada para os pés e luz para os caminhos”. Além disso, vamos incentivar a formação de associações de universitários, para ajudar os jovens nos seus desafios acadêmicos.
Conexão JA: Quais serão as marcas do seu trabalho pelos próximos cinco anos como líder dos jovens adventistas sul-americanos?
Areli: Quero que cada vez mais a juventude tenha responsabilidade missionária, envolvimento e carinho por sua igreja local, com uma vida de respeito e reverência para com os princípios, pais e líderes. Desejo que a juventude me veja como um pregador da Bíblia, apoiador dos projetos da Igreja e incentivador da missão. Quando olho para a juventude, penso nas minhas duas filhas, por isso, quero ser um conselheiro e apoiador dos jovens e liderá-los para a vida eterna.
Por Wendel Lima
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