Professora relata como conquistou o diploma universitário sem abrir mão da guarda do sábado
Estou escrevendo a seguir um pouco da minha história como universitária. Resolvi fazer isso porque vejo muitos jovens abandonando seus princípios, especialmente a guarda do sábado, por causa das aulas. Meu nome é Brunna Laryelle Silva Bomfim e moro em Nazaré do Piauí, PI, cidade com menos de 10 mil habitantes, a duzentos quilômetros de Teresina. Em 2006, aos 16 anos, fui aprovada no curso de Ciências Biológicas do CEFET-PI (atualmente IFPI), campus Floriano. Nunca dei trabalho aos meus pais em relação aos estudos, mas meu Ensino Médio não foi muito bom, por isso, enfrentei muita dificuldade na universidade.
Logo no primeiro semestre, já conversei com os professores e a coordenadora do curso sobre as aulas de sextas à noite. Em princípio, tudo ficou resolvido. Eu fazia as provas e trabalhos e entregava para os professores semanalmente. Porém, no fim do semestre, tive que fazer a prova final em duas disciplinas, justamente as mais importantes. Caso fosse reprovada nelas, não poderia cursar algumas matérias no semestre seguinte. As avaliações estavam marcadas para sexta à noite. Conversei com os professores e, apesar da má vontade de um deles, ambos aplicaram as provas na sexta de manhã. Quase todos os alunos que fizeram a prova naquela noite perderam a matéria, mas eu consegui passar. De 40 alunos, apenas dez passaram em todas as disciplinas do primeiro semestre, 15 desistiram e 25 continuaram o curso.
No período seguinte, tive a matrícula de uma disciplina cancelada por não assistir as aulas dos sábados pela manhã. Resultado: sem muitos problemas, cursei essa matéria no ano seguinte. Em 2008, um professor ateu que substituía a professora titular decidiu não abonar minhas faltas. Fui reprovada, mesmo tendo nota superior a de outros alunos que assistiram todas as aulas. O jeito foi refazer essa disciplina nas férias.
Nos estágios tive mais facilidade, pois adaptei os horários. Fiz muitas viagens para congressos e aulas de campo, porém, na maioria das vezes, elas foram realizadas nos fins de semana. Quando isso acontecia, no sábado, eu faltava às aulas ou eventos e procurava a igreja adventista mais próxima. Quando não tinha um templo na cidade, eu ficava no dormitório fazendo o culto sozinha. Dos 20 alunos da turma, eu era a única que não ia para as festas. A fidelidade é uma coisa necessária para aqueles que querem servir a Deus. Lá, ninguém estaria me vendo, por isso, poderia fazer o que eu quisesse, porém, Deus estava vendo, e isso é mais importante.
Terminei meu curso em 2009 e em março deste ano, minha turma participou da colação de grau. Dos 40 alunos que começaram o curso, só quatro terminaram no tempo certo. E eu, pela graça de Deus, estava entre eles, aos 20 anos, formada e aprovada em dois concursos públicos. Atualmente, trabalho numa cidade sem presença adventista. Tentei ser transferida dessa cidade, mas percebi que Deus queria que eu testemunhasse de alguma maneira ali. Sempre que possível faço cultos em um bairro. Minhas alunas convidam pessoas, e ai eu canto, oro e prego para elas. Orem para que Deus me ajude. Na universidade existem muitas formas de esquecermos de Deus, mas há outras de nos achegarmos a Ele. Se você passa por algo parecido, implore pela ajuda Dele!
Conheça o blog da igreja da Brunna: http://adventistasnazare.blogspot.com/ ou compartilhe sua experiência com ela, pelo e-mail: http://www.blogger.com/brunnalaryelle@yahoo.com.br